Política Pirata. Pirate Politics.

Política Pirata. Pirate Politics. Por que este blog tem esse nome estranho, 'Política Pirata'... or 'Pirate Politics'? Para estarmos atentos da enormidade do que há de pirataria na política. Afinal, é a Política que faz a mediação entre dois campos de atuação do diabo: o Dinheiro (Economia) e a Guerra...

Desterrada a justiça, que é todo o reino senão pirataria? (Santo Agostinho)

O amor antes do poder Love before power
Então o Amor com o poder Then Love with power
Para destruir o Poder sem amor.
To destroy (the) Power without love.

"The Ocean is my church and my playground."

A política e o mundo só vão mudar quando nós mudarmos por dentro, e agirmos de acordo. E isso pode ir começando hoje; pense bem... Vamos nos perguntar se o que o nosso coração sente, o que a nossa cabeça pensa, o que nossa boca fala, e o que nossas mãos fazem... é AMOR... Nossos pensamentos, palavras e ações passam pelas peneiras da VERDADE, da BONDADE e da NECESSIDADE?

"The boisterous sea of liberty is never without a wave." (Thomas Jefferson, Oct.20th, 1820)

"Ninguém pode servir a dois senhores: não podeis servir a Deus e ao dinheiro"... (Lucas 16.13; Mateus 6.24)

"Mudar o mundo, amigo Sancho, não é loucura, nem utopia... É justiça!" (Dom Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes)

"Uma nação que valoriza seus privilégios acima de seus princípios, está a caminho de perder ambos." (Dwight Eisenhower)

"Para encontrar a solução de um problema, é preciso - primeiro - mudar a consciência que produziu o problema." (Albert Einstein)

sábado, 24 de maio de 2014

Protesto de Espetáculo, por Xico Sá. Copyright Folha de São Paulo

O que mais precisa ser desnudado?
(Essa foto não está na FSP...)
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Pena, muita pena, sacrificar os melhores...

por Xico Sá
Amigo ranzinza, amigo nem aí, simplesmente este abestalhado cronista não tem como fingir: ama o futebol e protesta desde quando vocês estavam nos bagos dos vossos queridos pais. Poxa, vos peço, encarecidamente, deixem ter Copa, por favor, imploro, sei que vocês são minoria absoluta, mas também sei que é fácil fazer com dois pneus queimados os efeitos especiais de um “Apocalipse Now”, o horror, o horror, do diretor Francis Ford Coppola, sei que vocês têm a bela arrogância juvenil que eu ainda guardo no meu peito murcho que só serve para amparar a dama no pós-sexo, nada mais.
Sei que vocês estão à reboque dos movimentos sociais, bravos sem-teto, que protestam a vida toda, como aqueles homens das peças do Brecht, os que lutam a vida inteira, mas, por favor, vamos deixar começar o jogo. Pelo menos meio tempo de Brasil e Croácia. Aí sim, se o Brasil jogar aquela bolinha suspeita e meia boca… Caio imediatamente para dentro do movimento.
Sei que vocês, sem saber, estão favorecendo os locautes, quando a greve, no dicionário, muda de sentido: patrões dão corda para que funcionários parem. Donde os patrões que dependem de ligação direta com Estados e municípios, tipo o coronelismo metropolitano dos ônibus, ampliam seus lucros para continuar vos tratando como gado nos vagões e busões vagarosos.
Por favor, vocês viram como combati o bom combate em treta pública com o messiê colonizador Jérôme (Fifa), não me tenham, ainda, como um traidor, um Calabar da pátria em chuteiras. Por favor, deixem que a bola role. Aí conversamos. Por que vocês ficaram calados uma vida e agora querem desovar tudo? Sim, é legítimo, porém um oportunismo paga pau diante dos gringos.
Agora me senti um legítimo brizolista. Nacionalíssimo. Sem obrigatoriamente falar das perdas internacionais. A Copa é um contrário. A hora de os brasileiros pegarem os bestas que vêm de fora para a feira futebolística.
Ah, os jornais ingleses estão preocupados com a violência, ah, a mídia estrangeira. Só rindo. E nós, Pedro Bó, que, com ou sem Copa, estamos para sempre na área? Aí sim. É o que vale. Ou você acha, Jeca Tatu, que a Copa iria resolver os nossos problemas definitivamente?
Com ou sem Mundial da Fifa continuaremos, paradoxalmente, o mesmo povo, a mesma gente, o mesmo banco, o mesmo jardim. Que a pátria dos pneus queimados siga com ânimo depois da Copa, mas que não fique só na subserviência midiática do protesto de espetáculo. Oportunismo demais, na boa, pode virar um tremendo gol contra.
Não quero acreditar que vosmicê pensava que a Copa resolveria nossos males. Por favor. Nem tratemos disso, né? Agora só chamando meu amigo Darcy Ribeiro, idealizador dos Cieps, que dizia: aos trancos e barrancos, seguimos nós.
*Publicado na Folha de S.Paulo