Política Pirata. Pirate Politics.

Política Pirata. Pirate Politics. Por que este blog tem esse nome estranho, 'Política Pirata'... or 'Pirate Politics'? Para estarmos atentos da enormidade do que há de pirataria na política. Afinal, é a Política que faz a mediação entre dois campos de atuação do diabo: o Dinheiro (Economia) e a Guerra...

Desterrada a justiça, que é todo o reino senão pirataria? (Santo Agostinho)

O amor antes do poder Love before power
Então o Amor com o poder Then Love with power
Para destruir o Poder sem amor.
To destroy (the) Power without love.

"The Ocean is my church and my playground."

A política e o mundo só vão mudar quando nós mudarmos por dentro, e agirmos de acordo. E isso pode ir começando hoje; pense bem... Vamos nos perguntar se o que o nosso coração sente, o que a nossa cabeça pensa, o que nossa boca fala, e o que nossas mãos fazem... é AMOR... Nossos pensamentos, palavras e ações passam pelas peneiras da VERDADE, da BONDADE e da NECESSIDADE?

"The boisterous sea of liberty is never without a wave." (Thomas Jefferson, Oct.20th, 1820)

"Ninguém pode servir a dois senhores: não podeis servir a Deus e ao dinheiro"... (Lucas 16.13; Mateus 6.24)

"Mudar o mundo, amigo Sancho, não é loucura, nem utopia... É justiça!" (Dom Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes)

"Uma nação que valoriza seus privilégios acima de seus princípios, está a caminho de perder ambos." (Dwight Eisenhower)

"Para encontrar a solução de um problema, é preciso - primeiro - mudar a consciência que produziu o problema." (Albert Einstein)

segunda-feira, 26 de março de 2018

BRASIL em PERIGO


Marielle Franco (1979-2018)
Quando o assassinato de um político da oposição envolve o uso de balas/projéteis comprovadamente saídos da Polícia Federal, mas a Polícia diz que as balas foram perdidas nos Correios da Paraíba; e os Correios negam... Há claramente um problema - sério - no Governo. Envolvendo Instituições importantes do Governo; organizações e pessoas no Governo. 
É esse o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro.
Numa ocorrência que envolveu a ação de bandidos vinculados a um inegável Estado Paralelo, e envolve - sem qualquer sobra de dúvida - um atentado à liberdade de expressão, à liberdade de ir e vir e, sobretudo, mais uma vez evidencia a situação de crescente ameaça a todos os cidadãos brasileiros e de risco ao Estado Democrático.
O problema, sabemos, não está localizado apenas no Rio de Janeiro, embora seja mais crítico em alguns Estados do que em outros...

Estamos em risco; e risco sério: devemos colocar a bola no chão, defender a governabilidade, o Governo Democrático e as Instituições. Mormente quando, logo na semana que se seguiu, as baterias do "quanto pior melhor" voltaram-se agora para a desmoralização do STF, a Corte Suprema da Nação, logo após os Ministros admitirem a possibilidade de votar um 'Habeas Corpus' a um ex-Presidente da República... Como se os Ministros não tivessem, com autonomia, a responsabilidade da decisão; e interferências fossem admissíveis...

Ora, RESPONSABILIDADE DE TODOS OS BRASILEIROS, é o que se pede... Não é admissível o tipo de pressões que os Juízes do STF estão sofrendo... Desmoralizado o STF, a última instância do Judiciário, fica o que? Não fica nada das Instituições Civis, restará apenas apelar para a Força, chamando os militares...
Tradicionalmente (em toda a nossa História de Nação independente, para não falar do Brasil Colônia, quando estivemos subordinados a uma monarquia absolutista instalada além-mar), a Corte Suprema serviu aos nossos "privilegiados sem mérito", enquanto servilmente lhes serviu e serve... [Porque,convém lembrar, os "com mérito" não precisam, e não se prestam a essas coisas...] 

Especialmente com o advento da República, todas as vezes que não foi assim, os poderosos preferiram servir-se dos militares... Passam a manipular a população, por diversos meios, usando de seus poderes, inclusive (e principalmente) o poder do "vil metal" e a força da mídia, para 'forçar uma situação': se possível, e desejável, usando a democracia; se necessário, por outros métodos...
SEMPRE, EM NOME DE (E MANIPULANDO) O POVO.

Infelizmente, foi sempre assim em nossa PÁTRIA AMADA...

Amada??

- Pensemos mais no BRASIL e menos no próprio umbigo. Sejamos mais generosos e menos mesquinhos. Mais equilibrados e menos radicais. Mais humildes e menos pretensiosos...

HORA DE MUDAR COMPORTAMENTOS. HORA DE NOVAS ESCOLHAS. O EXEMPLO, NAS EMPRESAS E NO GOVERNO, VEM DE CIMA.


                                          Hino Nacional do Brasil - Oficial




Bob Dylan: 1 - Oh, Sister; 2 - Simple Twist of Fate


Bob Dylan - Álbum Blood on the Tracks
Faixa 2: Simple Twist of Fate
    
Bob Dylan - Álbum DESIRE
Faixa 5: Oh, Sister





Oh, Sister

Bob Dylan



Oh, sister, when I come to lie in your arms
You should not treat me like a stranger.
Our Father would not like the way that you act
And you must realize the danger.
Oh, sister, am I not a brother to you
And one deserving of affection?
And is our purpose not the same on this earth,
To love and follow his direction?
We grew up together
From the cradle to the grave
We died and were reborn
And then mysteriously saved.
Oh, sister, when I come to knock on your door,
Don't turn away, you'll create sorrow.
Time is an ocean but it ends at the shore
You may not see me tomorrow.




Simple Twist of Fate

Bob Dylan


They sat together in the park
As the evening sky grew dark.
She looked at him and he felt a spark
Tingle to his bones.
It was then he felt alone
And wished that he'd gone straight
And watched out for a simple twist of fate.

They walked alone by the old canal.
A little confused, I remember well,
And stopped into a strange hotel with a neon burning bright.
He felt the heat of the night hit him like a freight train
Moving with a simple twist of fate.

A saxophone someplace far off played
As she was walking on by the arcade
As the light bust through a beat up shade
Where he was waking up.
She dropped a coin into the cup of a blind man at the gate
And forgot about a simple twist of fate.

He woke up; the room was bare.
He didn't see her anywhere.
He told himself he didn't care; pushed the window open wide
Felt an emptiness inside to which he just could not relate
Brought on by a simple twist of fate.

He hears the ticking of the clocks
And walks along with a parrot that talks.
Hunts her down by the waterfront docks
Where the sailers all come in.
Maybe she'll pick him out again. How long must he wait
One more time for a simple twist of fate.

People tell me it's a sin
To know and feel too much within.
I still believe she was my twin, but I lost the ring.
She was born in spring, but I was born too late.
Blame it on a simple twist of fate.


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

A ONU sob ataque



A ONU foi criada em 1945, logo após o término da Segunda Guerra Mundial. Foi - inegavelmente - um grande avanço no processo civilizatório. 
Sob a égide desta grande organização, as nações se reúnem e conversam, em especial para tentar resolver conflitos dentro da paz, evitando guerras. Como se sabe, nem sempre com sucesso.
No direito internacional (ainda vigente), as nações têm soberania para aplicar a força ou para declarar a guerra. É a barbárie, legitimada pela prática (milenar) de oprimir, pilhar, matar e fazer sofrer.

Mais recentemente, depois de alguns outros países, entre os quais devem-se citar, pelo destaque e importância os USA de Donald Trump e o Israel de Bibi Netanyahu (esquecendo-se que o Estado de Israel pôde ser criado graças a uma Resolução da ONU em 29/11/1947 e às armas fornecidas pela Tchecoslováquia, então comunista e aliada da União Soviética, Federação comandada pela Rússia), chegou a vez do governo da Venezuela colocar-se contra a ONU, desrespeitando conselhos e/ou resoluções da Organização.

Como outros têm feito o mesmo, nos últimos anos, fica então a pergunta: 
Quem será o próximo?

E, subjacente, uma outra:
Até quando essa falta de respeito?

Lembrando a prescrição bíblica:
"Assim como julgardes, sereis julgados" - Mateus 7:2...

Sem a ONU, e sem empoderar a ONU, resta a barbárie...

Mateus 7:2: "Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós."

Link: Mateus 7: https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/7

sábado, 27 de janeiro de 2018

27 de JANEIRO: SOMOS TODOS JUDEUS E PALESTINOS: DIA INTERNACIONAL DA MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO




27 de JANEIRO
DIA DA MEMÓRIA 
MUNDO LEMBRA O HORROR E AS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO.

O HOLOCAUSTO não é, definitivamente, para ser esquecido, ou para que se abrace a vergonha da negação. Em especial pela enormidade de genocídios que se replicam mundo afora, frutos das violências perpetradas sob o comando das nossas mentes oprimidas e gananciosas. Porque, não fosse isso, com uma convivência pacífica, haveria de sobra para todos... Mas é preciso LEMBRAR O PASSADO, com seus fantasmas, monstros e monstruosidades, conhecer e analisar comportamentos e causas, se quisermos fazer diferente. Ou estaremos condenados a repetir as mesmas histórias, com nomes trocados e formatos e tecnologias diferentes.

Não aceitos e bodes expiatórios, mundo afora, pela singularidade da força da sua História, Tradições e Unidade na Diversidade, preservadas por milênios (inclusive e - principalmente - no Velho e no Novo Testamento), o povo judeu precisou (quase que desesperadamente, depois da Segunda Guerra Mundial) voltar às origens. Voltar à sua terra para reconstruir almas devastadas e erigir novas casas, no mesmo solo onde, outrora, esse povo morava em tendas. Uma terra já ocupada, na época, por descendentes de outros irmãos, os palestinos. E com os quais, outros primos e irmãos vizinhos, também árabes, não querem dividir casa, terras ou propriedades, mesmo porque são primos com outros hábitos, outras Heranças, outras heranças materiais, outras terras e propriedades; e diferentes culturas e Histórias. 

Jogados por Deus (que, como se diz, está nas coincidências) e pelo Destino, pelos ingleses e pela ONU numa mesma casa, Árabes (e principalmente Palestinos) e Israelitas, na origem, são dois povos filhos do mesmo pai, o patriarca Abraão. Povos irmãos. 
Irmãos precisam conversar. Irmãos, quando não se conversam, ou conversam sem enxergar em profundidade o outro, ou sem amar o outro, manipulando leis e outras armas contra o próximo, acabam por se afastar. 
No caso, ambos - o irmão palestino e o irmão judeu - têm direito à mesma casa. E querem a mesma casa. 
Têm também uma enorme História de vida nessa mesma casa, que hoje estão destinados a dividir. Como se diz, Deus (de novo) está nas coincidências... E, no caso, insiste nelas...
Então, por Amor, é tempo de todos ajudarmos, de todas as formas - possíveis e impossíveis, buscando soluções criativas compartilhadas com boa vontade - para que esses dois povos, raízes espirituais de todo o Ocidente, caminhem para a paz.
Devemos esse exemplo.

É exatamente onde perdemos a Chave (da Paz) que devemos procurá-la. Porque lá vamos achar a Chave ou enterrá-la muito mais fundo, em lugar desgraçadamente difícil ou impossível de ser achada.
Deus sempre dá uma segunda oportunidade. Essa, na realidade, bem conduzida, é uma oportunidade de ouro. Está nas NOSSAS mãos, nos nossos exemplos e atos de desarmamento moral. Está nas nossas mãos, JUDEUS ou PALESTINOS. A chave está lá, na Terra Santa de ambos. É só pegar. E, juntos, fazerem - os dois - uma cópia da chave, para o irmão usar também, compartilhando - com generosidade e respeito - o acesso aos bens comuns. Mesmo que, no início, vivam, tenham coisas, recebam alguns amigos ou durmam em quartos separados... Mas que juntos, velhos e jovens, se reúnam na sala de estar ou de jantar, na copa, na churrasqueira, na cozinha, na academia ou na sala de jogos, e troquem lições aprendidas no passado...

domingo, 14 de janeiro de 2018

Bob Dylan: VISIONS OF JOHANNA




Visions of Johanna
Canção de Bob Dylan

Letras

Ain't it just like the night to play tricks when you're tryin' to be so quiet?
We sit here stranded, though we're all doin' our best to deny it
And Louise holds a handful of rain, temptin' you to defy it
Lights flicker from the opposite loft
In this room the heat pipes just cough
The country music station plays soft
But there's nothing, really nothing to turn off
Just Louise and her lover so entwined
And these visions of Johanna that conquer my mind
In the empty lot where the ladies play blindman's bluff with the key chain
And the all-night girls they whisper of escapades out on the "D" train
We can hear the night watchman click his flashlight
Ask himself if it's him or them that's insane
Louise, she's all right, she's just near
She's delicate and seems like the mirror
But she just makes it all too concise and too clear
That Johanna's not here
The ghost of 'lectricity howls in the bones of her face
Where these visions of Johanna have now taken my place
Now, little boy lost, he takes himself so seriously
He brags of his misery, he likes to live dangerously
And when bringing her name up
He speaks of a farewell kiss to me
He's sure got a lotta gall to be so useless and all
Muttering small talk at the wall while I'm in the hall
How can I explain?
It's so hard to get on
And these visions of Johanna, they kept me up past the dawn
Inside the museums, infinity goes up on trial
Voices echo this is what salvation must be like after a while
But Mona Lisa musta had the highway blues
You can tell by the way she smiles
See the primitive wallflower freeze
When the jelly-faced women all sneeze
Hear the one with the mustache say, "Jeez, I can't find my knees"
Oh, jewels and binoculars hang from the head of the mule
But these visions of Johanna, they make it all seem so cruel
The peddler now speaks to the countess who's pretending to care for him
Sayin', "Name me someone that's not a parasite and I'll go out and say a prayer for him"
But like Louise always says
"Ya can't look at much, can ya man?"
As she, herself, prepares for him
And Madonna, she still has not showed
We see this empty cage now corrode
Where her cape of the stage once had flowed
The fiddler, he now steps to the road
He writes ev'rything's been returned which was owed
On the back of the fish truck that loads
While my conscience explodes
The harmonicas play the skeleton keys and the rain
And these visions of Johanna are now all that remain
Compositores: Bob Dylan
Letra de Visions of Johanna © Sony/ATV Music Publishing LLC
GênerosFolk rock, Rock clássico, Rock




quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Fraudes e mais fraudes: Mariana Godoy entrevista o ex-delegado Protógenes Queiroz, asilado na Suiça

Entrevista em 07/04/2017





Merece ser visto. Inteirinho. 57'. Dá o que pensar:

 Brasil. Judiciário. STF. STJ. Apurações Eletrônicas das Eleições. Escândalos. Operações da Polícia Federal.  Matrizes da Corrupção. "Espertezas". Dois pesos e duas medidas nas Altas Cortes. Decisões Monocráticas. Impunidade. Injustiça.


sábado, 30 de dezembro de 2017

A Caminho do Primeiro Dia de 2018: World Day of Peace, Dia Mundial da Paz ou da Confraternização Universal


O espírito de Natal, para nós cristãos, envolve os bons sentimentos que nos levam a amar e compartilhar. É a data do nascimento (Natal) de Jesus Cristo, que veio para nos Salvar, pela Fé e pelo Amor.
Espera-se, pois, que o espírito do Natal se renove a cada dia, durante todo o ano. Mas isso, como se sabe e se vê, não é fácil de praticar, inclusive entre os cristãos e demais religiões e religiosos.
O exemplo, como se sabe, deve vir de cima. Aqueles que mais receberam ou recebem, na forma de dons ou talentos (em especial beleza; inteligência no uso das palavras, organização, liderança e números; prosperidade e outras riquezas) e, em consequência, tiram (ou compartilham) proveitos e privilégios (por definição, imerecidos, já que recebidos tão-somente pela Graça de Deus), serão - certamente, se existe Justiça - chamados a prestar contas de sua administração (ou distribuição e benefícios ofertados). Por definição também, embora preocupados com o Julgamento, na verdade esses são os otimistas, pois são aqueles que acreditam na vida eterna, a vida após a morte (já que - no mundo - a justiça é deficiente, falha e - inexplicavelmente - aleatória ou sujeita à tirania: no mundo, um tirano ou um canalha mata um rei ou um santo). Ou seja: "se não existe Deus, tudo é permitido"; ou, numa outra versão, "os fins justificam os meios"; ou ainda: "aos inimigos, a lei".
O zero, os números infinitesimais, os átomos, o infinito e a eternidade são conceitos lógicos, de pureza matemática. Existem, mas não são vistos com os olhos. São visíveis apenas pelo conhecimento fruto da experiência; pela mente e suas abstrações; pelos "olhos espirituais"; ou pelo coração. Essa é a verdadeira Lei. Essa é a essência do Novo Testamento.
Ou ainda, resumindo para quem diz que "acredita em Deus": resta saber quem, de verdade, é o seu Deus...

Assim, em tempos de pós-Natal, e com o Natal renascendo a cada dia (ou não), nos nossos corações e mentes, nos encaminhamos nesta semana para o DIA MUNDIAL DA PAZ, ou Dia da Confraternização Universal.

A propósito da nossa tão almejada PAZ, passo a transcrever - logo abaixo - o texto de Cláudio Camargo¹, onde cita o escritor israelense, nascido em Jerusalém, em 1939, Amós Oz², já no final do Capítulo que trata das GUERRAS ÁRABE-ISRAELENSES, a décima-quarta de quinze importantes Guerras relatadas e examinadas no excelente livro organizado por Demétrio Magnoli³, HISTÓRIA DAS GUERRAS (Editora Contexto).
Na verdade, esta é uma reflexão válida para todos os povos, todos - sem exceção - guerreiros; cada um a seu modo; e, se analisarmos bem, as razões da guerra sempre estão ancoradas nas deficiências de generosidade, de bom senso e de prudência; e na ausência de diálogo verdadeiro. Excesso de "razões" e interesses, de um lado e do outro, mas sem enxergar "o outro"; e sem buscar a solução no humilde ato de sentar, frente a frente, de corações abertos, e - respeitosamente - conversar; em especial, quando um lado se acha mais forte que o outro, quando para o mais fraco (ou para qualquer dos lados) não é oferecida uma saída digna, ou quando os dois lados acham que podem vencer (pela "força" ou pelo "moral"):

"DIVÓRCIO ANTES DA PAZ

Depois de tantos conflitos sangrentos, é possível pensar em paz entre israelenses, árabes e palestinos no Oriente Médio? Em seu livro Contra o fanatismo, o escritor israelense Amós Oz argumenta que um acordo entre os dois povos é possível e necessário, embora seja doloroso, pois trata-se de um conflito entre o certo e o certo. A citação é longa, mas vale a pena:

Os palestinos estão na Palestina porque esta é a sua terra, e a única terra natal do povo palestino [...]. Os judeus israelenses estão em Israel porque não há nenhum país no mundo a que os judeus, como povo, poderiam chamar seu lar. Como indivíduos, sim, mas não como povo, como nação. Os judeus foram expulsos da Europa, exatamente da mesma forma que os palestinos foram inicialmente expulsos da Palestina e, em seguida, dos países árabes. Os palestinos tentaram, involuntariamente, viver em outros países árabes. Foram rejeitados, às vezes até humilhados e perseguidos, pela chamada 'família árabe'. Tomaram conhecimento, da maneira mais dolorosa, de sua 'palestinidade', pois não eram desejados como libaneses, como sírios, como egípcios ou como iraquianos. Eles tiveram de aprender, pelo caminho mais difícil, que são palestinos e este é o único país em que eles podem segurar-se.

Prossegue o autor de A caixa preta (ainda em seu livro Contra o fanatismo):


O que precisamos é de um compromisso doloroso. Porque ambos os povos amam o país, porque judeus israelenses e árabes palestinos têm raízes históricas e emocionais profundas, diferentes, mas profundas, no país [...]. Se há algo a esperar, isso é um divórcio justo e razoável entre Israel e Palestina. E os divórcios nunca são felizes, mesmo quando são justos. Especialmente esse divórcio específico, que será um divórcio bastante engraçado, porque as duas partes que se divorciam ficarão no mesmo apartamento. Ninguém vai se mudar. Como este é muito pequeno, será preciso decidir quem fica com o quarto A e quem fica com o quarto B, e o que se fará em relação à sala de estar [...]. Muito inconveniente. Mas melhor do que o inferno vivo que todos estão enfrentando no país amado. Palestinos que são diariamente oprimidos, assediados, humilhados, que passam privações por causa do cruel governo militar israelense. O povo israelense que é diariamente aterrorizado por ataques terroristas impiedosos e indiscriminados contra civis, homens, mulheres, crianças, adolescentes, consumidores num shopping. Qualquer coisa é preferível a isto! Sim, um divórcio razoável.

As opções militares e políticas falharam miseravelmente no Oriente Médio. Quem sabe, então, se o caminho apontado por um escritor que está longe de ser um pacifista ingênuo seja, afinal, mais razoável?"



Lembro que, há 4.000 anos, um outro divórcio ocorreu, quando o "pai da fé" para israelitas, cristãos e muçulmanos, Abraão, também pai (na carne) de Isaque (israelita) e de Ismael (árabe), quando instado/colocado em cheque por Sara, mãe de Isaque, levou sua outra mulher, Agar (Raja, para os muçulmanos) para o deserto, iniciando aí uma "briga por herança"; ou, nas palavras dos descendentes Moisés e Maomé, pela "Herança"; cada qual (provavelmente) pensando primordialmente na sua...

Que possamos, pois, mudar hábitos e culturas, para nos transformarmos em GUERREIROS DA PAZ, vencendo séculos de maldições hereditárias, de guerras em cima de guerras, no dia-a-dia de todas as nações e povos, uns povos mais ou muito mais, e outros povos menos, ou muito menos, por diversas razões históricas. A História também ensina muito; mas talvez não ensine a amar...
"A lição sabemos de cor, só nos resta aprender"...
Como "pegamos o bonde andando", a história é longa, e não viemos do nada, conhecer as desgraças das guerras, inclusive das guerras (cada vez mais) civis, e com mortandades e desgraças civis, é - por certo - essencial para construir a paz.

Enfim, para merecer e encontrar a paz, é preciso conhecer as raízes e a natureza da guerra, mais a cultura, hábitos e instintos entranhados, que se autoreproduzem e tendem a preservar - 'ad aeternum', ou até mais um holocausto ou genocídio, ou até o apocalipse - até chegarmos à proclamada 'guerra final' das diversas denominações de fanáticos religiosos ou ideológicos. Guerra que faria, ao contrário do que muitos pensam, o próprio Deus Eterno regredir bilhões de anos, em tristeza; e, momentaneamente, desgraçaria ou extinguiria a Humanidade e o Planeta.
Estudar, entender e saber, para poder agir com conhecimento de causa e competência contra os sistemas e mentalidades que preservam e estimulam a guerra. Para acabar com as mortandades (de irmãos) da guerra nossa de cada dia. Porque cada dia é - e sempre será - para muitos (e para os que assim queiram), um novo renascimento e um novo Natal...

SUN TZU, em A ARTE/A LEI DA GUERRA (séc. IV a.C.):
Estudar as Guerras e a História, também para alcançar a PAZ

¹ CLÁUDIO CAMARGO. Jornalista e sociólogo. Editor internacional da Revista IstoÉ. Participou de coberturas políticas em diversos países, entre eles Argentina, Venezuela, Peru, Chile, Colômbia, Alemanha, Moçambique, Iraque e Rússia. Coautor dos livros Faces do Fanatismo e 12 Faces do Preconceito (Editora Contexto).

² AMÓS OZ. Escritor, novelista, jornalista, intelectual e professor de literatura em Israel. Nasceu em 4 de maio de 1939, em Jerusalém. Seus pais, que falavam diversas línguas, fugiram da Europa para o Mandato Britânico na Palestina, em 1933. Conhece, com o conhecimento de quem viveu e lutou, todas as agruras e guerras dos últimos (quase) oitenta anos em Israel. Recebeu a Legião de Honra da França, o Prêmio Goethe, o Prêmio Israel, o Prêmio Internacional Catalunha, o Prêmio Príncipe de Astúrias, o Prêmio Franz Kafka e outros, em diversos países, todos pelo seus proeminentes trabalhos, intelectuais e literários.

³ DEMÉTRIO MAGNOLI. Sociólogo. Graduado em Ciências Sociais e Jornalismo e Doutor em Geografia Humana pela USP - Universidade de São Paulo. Autor, entre outros, dos livros Relações Internacionais: Teoria e História e África do Sul: Capitalismo e Apartheid (editora Contexto).


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Linda Ronstadt - Simple Dreams

                                              Magnificent. Magnífico. 



Simple Dreams is the eighth studio album by the American singer Linda Ronstadt, released in 1977 by Asylum Records. It includes several of her best-known songs, including her cover of the Rolling Stones song "Tumbling Dice" (featured in the film FM) and her version of the Roy Orbison song "Blue Bayou", which earned her a Grammy nomination for Record of the Year. The album also contains covers of the Buddy Holly song "It's So Easy!" (a top-5 hit) and the Warren Zevon songs "Poor Poor Pitiful Me" (another top-40 hit) and "Carmelita". The album was the best-selling studio album of her career, and at the time was the second best-selling album by a female artist (behind only Carole King's Tapestry). It was her first album since Don't Cry Now without long-time musical collaborator Andrew Gold, though it features several of the other Laurel Canyon-based session musicians who appeared on her prior albums, including guitarists Dan Dugmore and Waddy Wachtel, bassist Kenny Edwards, and producer and multi-instrumentalist Peter Asher


- From Wikipedia, the free encyclopedia


Track listing
Side one
No.TitleWriter(s)Length
1."It's So Easy"Buddy HollyNorman Petty2:27
2."Carmelita"Warren Zevon3:07
3."Simple Man, Simple Dream"J.D. Souther3:12
4."Sorrow Lives Here"Eric Kaz2:57
5."I Never Will Marry"Traditional3:12
Side two
No.TitleWriter(s)Length
1."Blue Bayou"Roy OrbisonJoe Melson3:57
2."Poor Poor Pitiful Me"Warren Zevon3:42
3."Maybe I'm Right"Waddy Wachtel3:05
4."Tumbling Dice"Mick JaggerKeith Richards3:05
5."Old Paint"Traditional3:05
Total length:31:49


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

TVE Bahia: Bob Fernandes entrevista Ciro Gomes: Política e Economia 101: o Estado da Nação e da População Brasileira; e um pouco da História Recente





CIRO GOMES: Entrevista à TVE Bahia em 07 de novembro de 2017:




O cearense de Pindamonhangaba (SP), Ciro Gomes, tem anos de experiência nos governos municipal, estadual e federal; e, depois de 35 anos na política, conhece como poucos os problemas brasileiros. Mas precisará controlar, e muito, seus momentos de intemperança, que remetem ao autoritarismo dos donos da verdade, para ter chances na corrida presidencial.
Além de costurar acordos que não serão nada fáceis de fechar e/ou executar.

"Sem sorte (e competência) não se come nem um Chicabom." (Nelson Rodrigues; quanto à 'competência', é o óbvio ululante...)

De toda forma, convenhamos, não está fácil ajudar o Brasil (e o mundo), quando a ignorância, os enganos, a pretensão, as más intenções e a estupidez nos rondam. E, para cada lado que se olha, o que se vê é cada um olhando o próprio umbigo; e, por extensão, apenas o que supõe serem os seus próprios interesses, esquecendo os demais, ou julgando os demais (inclusive os desvalidos) com a sua própria régua; e - mais - esquecendo que os que mais recebem (é a 'benignidade imerecida', que recebemos como presente de Deus), mais serão cobrados, e - portanto - maiores responsabilidades e maiores contas terão a apresentar para exame, na hora que se apresentarem ao Julgamento. Afinal, receberam maior crédito...


sábado, 4 de novembro de 2017

More (Theme from Mondo Cane - 1962) - Seven Fantastic Artist!




Publicado em 25 de abr de 2016 no You Tube por James Randall

"More" (Theme from 'Mondo Cane') is a film score song written by Riz Ortolani and Nino Oliviero for the 1962 film Mondo Cane. The movie's music was released as Mondo Cane: Original Motion Picture Sound Track Album, music by Riz Ortolani and Nino Oliviero, on United Artists Records.
Originally composed as an instrumental and titled "Ti guarderò nel cuore", lyrics were later provided by Marcello Ciorciolini, which were adapted into English by Norman Newell. At that point, "Theme from Mondo Cane" became "More" (not to be confused with an earlier pop song of the same name). The song was recorded in several languages by Steve Rossi who continues to perform the song in his Las Vegas stage acts. Mr. Rossi performed the song at the 36th Academy Awards and is best known as one half of the comedy team Allen and Rossi. "More" is one of Ortolani's most acclaimed and influential works. It was nominated for the Academy Award for Best Original Song at the 36th Academy Awards in 1963, and it led Ruggero Deodato to hire Ortolani to compose the score for his film Cannibal Holocaust. - Wikipedia

LYRICS
More than the greatest love the world has known This is the love I'll give to you alone More than the simplest words I try to say I only live to love you more each day!
More than you'll never know my arms long to hold you so My life will be in your keeping, waking, sleeping, laughing, weeping Longer than always is long long time, But far beyond forever you'll be mine!
I know I never lived before and my heart is very sure No one else could love you more! I know I never lived before and my heart is very sure No one else could love you more! "MORE" SONG
LIST of ARTISTS (from the video beginning to 25:07) Arthur Fiedler & The Boston Pops Orchestra, Ferrante & Teicher, Andy Williams, Hill Bowen, Morton Gould and His Orchestra, Mantovani Orchestra, The Hollywood Strings & BBC Symphony Orchestra

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

LUISLINDA E A OPRESSÃO: Ministra cita TRABALHO ESCRAVO e PEDE ao governo SALÁRIO de R$ 61 MIL

Ministra LUISLINDA VALOIS (BA) associando-se
com ALEXANDRE DE MORAES (SP), MICHEL TEMER (SP) e, mais atrás,
AÉCIO NEVES (MG), RODRIGO ROCHA LOURES (PR)
e outros MENOS VOTADOS


- NA ALMA, TALVEZ - FINALMENTE - TENHA SENTIDO A TOTAL OPRESSÃO DE UM ASTRAL (E UM ENTORNO) ABSOLUTAMENTE CARREGADO... 
PODE SER CASO DE VÁRIOS BANHOS DE DESCARREGO E DE RETORNO ÀS SUAS RAÍZES MAIS PROFUNDAS...
MESMO TIPO DE OPRESSÃO, ALIÁS, QUE DEMONSTROU O MINISTRO GILMAR MENDES, AO DIZER QUE NÃO SE SENTIA "FAZENDO TRABALHO ESCRAVO, APESAR DE TRABALHAR MUITO"...
"MONDO CANE"... A UM SÓ TEMPO, OPRESSORES E OPRIMIDOS...

O Velho Testamento diz que é difícil, muito difícil superar os traumas da opressão e da escravidão (seja no Egito, há 4.000 anos, na África, Brasil, Arábias, Israel, Europa, USA ou alhures): ficam na alma; a libertação individual (e da Humanidade) não é fácil.
Há anos, li uma entrevista com um torturador confesso, onde dizia que o pior da tortura é que ela jamais deixa o corpo; e, pior, não deixa a alma, onde instala a descrença total: em Deus, na Humanidade ou em um determinado grupo.
Mais fácil, como sempre, se omitir, o que equivale escolher o lado do Opressor. Ou, descaradamente, passar a ser - também - um(a) PRIVILEGIADO(A) que não se enxerga, e passa a julgar os demais com a sua régua.
Infelizmente, tadinha, deslumbrou-se... Fato comum, aliás... Há raízes nisso. Em todos nós, situados em quaisquer PARTIDOS, CRENÇAS, RELIGIÕES, ETNIAS, RAÇAS OU NAÇÕES... Uns de nós mais, outros menos...