27 de JANEIRO
DIA DA MEMÓRIA
MUNDO LEMBRA O HORROR E AS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO.
O HOLOCAUSTO não é, definitivamente, para ser esquecido, ou para que se abrace a vergonha da negação. Em especial pela enormidade de genocídios que se replicam mundo afora, frutos das violências perpetradas sob o comando das nossas mentes oprimidas e gananciosas. Porque, não fosse isso, com uma convivência pacífica, haveria de sobra para todos... Mas é preciso LEMBRAR O PASSADO, com seus fantasmas, monstros e monstruosidades, conhecer e analisar comportamentos e causas, se quisermos fazer diferente. Ou estaremos condenados a repetir as mesmas histórias, com nomes trocados e formatos e tecnologias diferentes.
Não aceitos e bodes expiatórios, mundo afora, pela singularidade da força da sua História, Tradições e Unidade na Diversidade, preservadas por milênios (inclusive e - principalmente - no Velho e no Novo Testamento), o povo judeu precisou (quase que desesperadamente, depois da Segunda Guerra Mundial) voltar às origens. Voltar à sua terra para reconstruir almas devastadas e erigir novas casas, no mesmo solo onde, outrora, esse povo morava em tendas. Uma terra já ocupada, na época, por descendentes de outros irmãos, os palestinos. E com os quais, outros primos e irmãos vizinhos, também árabes, não querem dividir casa, terras ou propriedades, mesmo porque são primos com outros hábitos, outras Heranças, outras heranças materiais, outras terras e propriedades; e diferentes culturas e Histórias.
Jogados por Deus (que, como se diz, está nas coincidências) e pelo Destino, pelos ingleses e pela ONU numa mesma casa, Árabes (e principalmente Palestinos) e Israelitas, na origem, são dois povos filhos do mesmo pai, o patriarca Abraão. Povos irmãos.
Irmãos precisam conversar. Irmãos, quando não se conversam, ou conversam sem enxergar em profundidade o outro, ou sem amar o outro, manipulando leis e outras armas contra o próximo, acabam por se afastar.
No caso, ambos - o irmão palestino e o irmão judeu - têm direito à mesma casa. E querem a mesma casa.
Têm também uma enorme História de vida nessa mesma casa, que hoje estão destinados a dividir. Como se diz, Deus (de novo) está nas coincidências... E, no caso, insiste nelas...
Então, por Amor, é tempo de todos ajudarmos, de todas as formas - possíveis e impossíveis, buscando soluções criativas compartilhadas com boa vontade - para que esses dois povos, raízes espirituais de todo o Ocidente, caminhem para a paz.
Devemos esse exemplo.
É exatamente onde perdemos a Chave (da Paz) que devemos procurá-la. Porque lá vamos achar a Chave ou enterrá-la muito mais fundo, em lugar desgraçadamente difícil ou impossível de ser achada.
Deus sempre dá uma segunda oportunidade. Essa, na realidade, bem conduzida, é uma oportunidade de ouro. Está nas NOSSAS mãos, nos nossos exemplos e atos de desarmamento moral. Está nas nossas mãos, JUDEUS ou PALESTINOS. A chave está lá, na Terra Santa de ambos. É só pegar. E, juntos, fazerem - os dois - uma cópia da chave, para o irmão usar também, compartilhando - com generosidade e respeito - o acesso aos bens comuns. Mesmo que, no início, vivam, tenham coisas, recebam alguns amigos ou durmam em quartos separados... Mas que juntos, velhos e jovens, se reúnam na sala de estar ou de jantar, na copa, na churrasqueira, na cozinha, na academia ou na sala de jogos, e troquem lições aprendidas no passado...