Política Pirata. Pirate Politics.

Política Pirata. Pirate Politics. Por que este blog tem esse nome estranho, 'Política Pirata'... or 'Pirate Politics'? Para estarmos atentos da enormidade do que há de pirataria na política. Afinal, é a Política que faz a mediação entre dois campos de atuação do diabo: o Dinheiro (Economia) e a Guerra...

Desterrada a justiça, que é todo o reino senão pirataria? (Santo Agostinho)

O amor antes do poder Love before power
Então o Amor com o poder Then Love with power
Para destruir o Poder sem amor.
To destroy (the) Power without love.

"The Ocean is my church and my playground."

A política e o mundo só vão mudar quando nós mudarmos por dentro, e agirmos de acordo. E isso pode ir começando hoje; pense bem... Vamos nos perguntar se o que o nosso coração sente, o que a nossa cabeça pensa, o que nossa boca fala, e o que nossas mãos fazem... é AMOR... Nossos pensamentos, palavras e ações passam pelas peneiras da VERDADE, da BONDADE e da NECESSIDADE?

"The boisterous sea of liberty is never without a wave." (Thomas Jefferson, Oct.20th, 1820)

"Ninguém pode servir a dois senhores: não podeis servir a Deus e ao dinheiro"... (Lucas 16.13; Mateus 6.24)

"Mudar o mundo, amigo Sancho, não é loucura, nem utopia... É justiça!" (Dom Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes)

"Uma nação que valoriza seus privilégios acima de seus princípios, está a caminho de perder ambos." (Dwight Eisenhower)

"Para encontrar a solução de um problema, é preciso - primeiro - mudar a consciência que produziu o problema." (Albert Einstein)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Tempo, o Perto, o Longe, a Medida das Coisas e o Valor da Velhice














Ontem de manhã, devia ir ao meu médico oftalmologista; tinha marcado uma consulta. Como estava sem as lentes de contato (até porque iria ser examinado, e era aconselhável estar com o olho nu), e também porque o estacionamento é caro ou difícil naquelas paragens, resolvi ir a pé.
Calculei que levaria uns 25 minutos. Como saí às 7:35 e a consulta estava marcada para as 8 horas, resolvi apertar o passo. E, para ter uma "medida das coisas" para alguma necessidade futura, e ir "passando o tempo", "zerei" o relógio e comecei a contar as quadras.
Quando cheguei na esquina de uma panificadora onde às vezes costumo ir , já eram 8 quadras (ou quarteirões, no Rio de Janeiro...). Essa panificadora, na minha avaliação normal, está "perto". O médico, na minha cabeça, estaria "longe", ou "meio longe"...
Continuei a caminhar. No total, foram 15 quadras até o médico. Cheguei na portaria do prédio às 7:55. Vi que não era tão longe assim... Menos que o dobro da distância até a panificadora... O que foi, de certa forma, uma surpresa...

Bom, e de que serve, ou para que serve essa história?

Pra mim, serviu no seguinte, que (aliás) foi o que fui pensando enquanto caminhava:

1 - Temos uma tendência a achar perto, ou que "vai passar rápido", o que não é tão perto assim...;
2 - Achamos "longe", e por isso negligenciamos, desistimos ou buscamos "veículos e caminhos alternativos" para atingir, o que achamos estar distante. Na verdade, não estará tão distante assim...

Ou seja: o perto não é tão perto e o longe, não é tão longe...

Nisso está o valor da "Medida das Coisas", privilégio do tempo e do local de habitat dos "cidadãos senior": a Velhice. No bom sentido, naturalmente... E também a consciência que devemos formar da necessidade de valorizar mais e mais a experiência desse "entardecer"...

Quando se tem 1 ano, enxerga-se, quando muito, um horizonte de uns 2 anos...
Aos 10, talvez uma perspectiva dos 20...
Aos 20, talvez o seu futuro aos 40...
Aos 30, quem sabe seja possível vislumbrar e vivenciar (com alguma antecedência) os 60 anos...
Agora, quando se chega aos 66, como estou chegando, você olha para trás e vai vendo, ano após ano, cada segmento do caminho. E percebe que acelerar, reduzir o ritmo, parar e avaliar, cair e levantar, errar e acertar, ter sucesso ou experimentar o fracasso, perder ou ganhar, estar em guerra ou em paz, viver de escolhas ou seguir o destino, tudo é parte da vida. Aos 66, você sabe que não sabe como será a vida aos 132. Você não sabe - nem de longe - como será... Mas você tem uma medida muito maior das coisas, e muito menos certezas também... Assim, embora com muito menos certezas, o que leva a evitar e cuidar muito com os julgamentos, é bom considerar que - às vezes - é necessário julgar e decidir... Nesses casos, a quantidade de informações, fatos passados, os parâmetros adquiridos e a perspectiva (reversa e/ou futura) de uma "vida inteira" vivida são - inegavelmente - de grande valia... Por isso, para algumas decisões, é bom buscar o conselho de alguma "cabeça branca"... Para atingir as metas (ou alvos), é preciso escolher bem o arco e a flecha, sentir até onde "esticar a corda", saber como "mirar" para que a flecha vá na direção certa; e não esquecer de preparar outros bons atiradores...

Agora, para que a velhice funcione, é preciso chegar bem até "ela"... O que não é uma tarefa tão fácil assim...