Paulo escrevendo suas Epístolas. Obra de
Valentin de Boulogne (1620)
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Passo a
mostrar-vos um caminho sobremodo excelente. 1 Ainda que eu fale as línguas dos
homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o
címbalo que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os
mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, que consiga
transportar os montes, se não tiver amor, nada serei. 3 E ainda que eu
distribua todos os meus bens entre os pobres ou que entregue o meu próprio
corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 4 O amor
é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão;
havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; 9 porque em parte
conhecemos e, em parte, profetizamos. 10 Quando, porém, vier o que é perfeito,
então, o que é em parte será aniquilado. 11 Quando eu era menino, falava como
menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem,
desisti das coisas próprias de menino. 12 Porque, agora, vemos como em espelho,
obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então,
conhecerei como também sou conhecido. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a
esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.”
(1.a Carta de São Paulo aos Coríntios, Capítulo 13)