Política Pirata. Pirate Politics.

Política Pirata. Pirate Politics. Por que este blog tem esse nome estranho, 'Política Pirata'... or 'Pirate Politics'? Para estarmos atentos da enormidade do que há de pirataria na política. Afinal, é a Política que faz a mediação entre dois campos de atuação do diabo: o Dinheiro (Economia) e a Guerra...

Desterrada a justiça, que é todo o reino senão pirataria? (Santo Agostinho)

O amor antes do poder Love before power
Então o Amor com o poder Then Love with power
Para destruir o Poder sem amor.
To destroy (the) Power without love.

"The Ocean is my church and my playground."

A política e o mundo só vão mudar quando nós mudarmos por dentro, e agirmos de acordo. E isso pode ir começando hoje; pense bem... Vamos nos perguntar se o que o nosso coração sente, o que a nossa cabeça pensa, o que nossa boca fala, e o que nossas mãos fazem... é AMOR... Nossos pensamentos, palavras e ações passam pelas peneiras da VERDADE, da BONDADE e da NECESSIDADE?

"The boisterous sea of liberty is never without a wave." (Thomas Jefferson, Oct.20th, 1820)

"Ninguém pode servir a dois senhores: não podeis servir a Deus e ao dinheiro"... (Lucas 16.13; Mateus 6.24)

"Mudar o mundo, amigo Sancho, não é loucura, nem utopia... É justiça!" (Dom Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes)

"Uma nação que valoriza seus privilégios acima de seus princípios, está a caminho de perder ambos." (Dwight Eisenhower)

"Para encontrar a solução de um problema, é preciso - primeiro - mudar a consciência que produziu o problema." (Albert Einstein)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

PIEDADE E IMPIEDADE


                                          Brasília: Estádio Mané Garrincha

A "City of London", através de seus porta-vozes "independentes", o "Financial Times" e o "The Economist", sugerem que "se Dilma Rousseff quer a reeleição deve escolher uma nova equipe econômica" (The Economist, 08/12/2012). A "campanha" do "The Economist", corroborada também por muitos outros artigos no mesmo sentido, em especial no "Financial Times", fala em -  nada mais , nada menos - que "quebra de confiança" ("a breakdown of trust")...

Leia o artigo do "The Economist" em: http://www.economist.com/news/leaders/21567942-if-she-wants-second-term-dilma-rousseff-should-get-new-economic-team-breakdown-trust

Bom, resta saber onde foi quebrada a confiança...
Com a mais absoluta certeza, porque o resto é especulação, os bancos e os banqueiros, com a queda dos juros, estão menos confiantes nos lucros que os seus balanços vão apresentar... Mas, pode-se desde já assegurar, ainda serão muito bons (os lucros)...; se comparados, esses lucros, com os custos que são impostos aos clientes e com a situação em que vive a grande maioria da população brasileira, é uma vergonha.
Mas aos banqueiros... Bom, nada disso lhes interessa... "Eles" falam em "quebra de confiança"... O "governo brasileiro" já não é mais tão confiável....
Pedem a cabeça do Mantega... Na verdade, estão mirando na "política econômica do governo Dilma Rousseff"...

PERHAPPINESS... "Tadinhos" (se acham sérios e "parecem" sérios... "Para quem os compra"...; isso ("comprá-los"), por certo, são muitos os que estão e estarão ansiosos por fazê-lo... Estão com saudades dos 8 anos do presidente FHC (com Pedro Malan na Fazenda, hoje conselheiro do Itaú Unibanco) e dos 8 anos do presidente Lula (com o médico Antonio Palocci e com o próprio Mantega na Fazenda; na época, os banqueiros, "a portas fechadas", diziam que derrubavam o governo em 6 meses, se quisessem...). No Banco Central, tiveram "muuito melzinho na chupeta", com Armínio Fraga (formado e "deformado", com todos os méritos, em Princeton, no Soros Fund e na Salomon Brothers) e com Henrique Meirelles (Bank Boston, hoje Bank of America)...
Sem qualquer demérito para os supra-citados, mas a VISÃO que parecem ter é sempre a mesma. Assim:


Mais do mesmo... Não vai muito além...
Não são capazes de pensar que essa "montanha de dinheiro" especulativo poderia ser aplicado em educação, em saúde, em saneamento, em infra-estrutura e, como resultado, CRIAR POSTOS DE TRABALHO, CRIAR EMPREGO. Em outras palavras, CRIAR RIQUEZA.
De outro lado (Que fazer??), a solução (de Pronto-Socorro) é, nada mais nada menos que: "Dá-lhe Bolsa Família!"... E daí, como resultado do propalado "assistencialismo", os supostos "empreendedores de si mesmo" criticam os que, minimamente, socorrem os excluídos... Por que, então, não são verdadeiramente honestos e ajudam a criar EMPREGO e SALÁRIO DECENTE???

Será que não "se tocam"?? "Viciaram" no "ganho fácil"?? Será que não conseguem ter um mínimo de compaixão?
Muitos empreendedores norte-americanos mandaram substituir máquinas escavadeiras por trabalhadores braçais, na Grande Depressão. Não seria, talvez, desse mesmo tipo de altruísmo que precisamos também por aqui?? É preciso refletir... Temos multidões de favelados e de excluídos...

"Quosque tandemCatilinaabutere patientia nostra"?

PS: Aprendi na UCSB (Curso de Economia, University of California at Santa Barbara) que o DÓLAR É A MOEDA MUNDIAL... (isso é um "detalhe"...; a UCSB é mais que ótima...) Como "o bom cabrito não berra", fiquei calado...
Com certeza, aprendem-se coisas "do mesmo tipo" em Princeton (Escola e "escola" do Armínio Fraga), no MIT e em Harvard (onde Henrique Meirelles está em Conselhos Setoriais); em Stanford, em Berkeley ou na UCLA... "Eles", parece, se entendem, têm um tipo de "visão única"... E nós, aonde vamos?? Vamos continuar sendo os "otários" ou "cafajestes" de sempre, que vão estudar a "catequese" alhures, aprendendo a "técnica" de como enganar os "índios"? Ou vamos aprender, inclusive, a nos aliarmos às pessoas mais humanas e compassivas, também nos USA, Europa, China, Emirados, Israel, Índia, Rússia ou Japão (sem descartar, naturalmente, o Oriente, África, Latino-América e demais "points" e "grotões")? Afinal, acolá, como cá, também existe gente que "pensa com o coração"...  

PS2: "Déjà vu": parece os anos 1970, da Ditadura Militar...: dá-lhe construir... ESTÁDIOs! (é só o que não falta em nosso país: estádio de futebol; além das nossas riquezas mal exploradas...)... (já não temos mais nem ao menos os antigos "campinhos de várzea", para a piazada jogar)... Mas, "as usual", quando vão fazer "mais do mesmo", mudam-se os nomes (a corrupção começa sempre pelas palavras...)...: agora chamam os estádios de:... ARENAs... Talvez seja mesmo mais adequado: remete a Roma, aos antigos "pagãos" e aos antigos cristãos... 


Mas, hoje, quem é que são mesmo os "fiéis"? Como vamos reclamar dos banqueiros, se escolhemos mal, e se escolhemos prioridades erradas  para aplicar o dinheiro; que - sabemos - é escasso? Como vamos reclamar se não temos VONTADE POLÍTICA e COMPETÊNCIA para organizar nossas empresas e instituições, de forma que haja verdadeiramente participação societária dos empregados, da população em geral, dos bancos, dos empresários, do Estado (sim!, principalmente onde estiver o interesse público!), das ONGs e muitos outros interessados, sem exceção, unidos para fazer empresas sérias, auto-reguláveis e fiscalizadas pela sociedade? O socialismo e o capitalismo podem conviver. Aliás, ainda não descobriram outro jeito que FUNCIONE MELHOR, E DE FORMA DURADOURA... Mas precisamos deixar de radicalismos. Se estatizar tudo é coisa de comunista, privatizar tudo é coisa de fascista... Não é chegada a hora de fazermos parcerias do que é público com o que é privado de forma honesta e bem-intencionada, criando mais e mais EMPRESAS LUCRATIVAS para todos os interessados (que precisam necessariamente ser sócios), inclusive e principalmente O POVO? Como vamos reclamar da impiedade dos banqueiros se somos, nós mesmos, IMPIEDOSOS?

PS3: O artigo de "The Economist" (link acima), em seu último tópico recomenda: "Stop meddling and let animal spirits roar" (ou, em outras palavras, "Pare de 'se meter' e deixe o instinto animal rugir"...).
Bom, "para o instinto animal (dos banqueiros) rugir", ou seja, fazer com que eles coloquem o "rico dinheirinho" deles na produção e na infraestrutura brasileiras, temos que propiciar boas taxas de retorno do Capital; fazer dar lucro... De um lado, é fácil: o Brasil é uma grande fronteira ainda a ser explorada. De outro, há dificuldades: burocracia, corrupção, ineficiência, excesso de leis, impostos etc; precisamos pois, fazer ainda nossa "lição de casa"... Mas, voltando a lembrar, é bom baixar também os juros, porque daí... os banqueiros não vão deixar o dinheiro "parado"; vão colocar "a bufunfa" em atividades mais rentáveis: na PRODUÇÃO.
Restará fazer que PRODUZIR seja mais rentável que APLICAR financeiramente...
And "last but not least"... Não esquecer de "cevar" os banqueiros..., que eles também são filhos de Deus... E têm um "instinto de sobrevivência" que... o "The Economist" sabe bem do que está falando...

"Vamo lá Brasil! A bola tá conosco! Não vamo perder esse lance!"
E repetindo (todos juntos, numa só voz!!...)(pois "as palavras têm poder"... e os atos, muito mais...): "Quosque tandemCatilinaabutere patientia nostra"?