O Único liberado para "os fins justificam os meios" é, por definição e essência, DEUS.
Nós, humanos, simples mortais, somos apenas meios: assim, em nós, são os meios que justificam os (eventuais) fins.
Post Scriptum:
Aos cultores do "deus mercado" e do totalitarismo do dinheiro: não vos esqueçais que, no Julgamento, os valores colocados na balança serão outros...
Aos cultores do "poder"; e da sua consequência inevitável, o militarismo e a ditadura: não, esse ilusório poder terreno não terá valor, na Eternidade.
Aos cultores da "reencarnação": não, não são favas contadas, pelo menos o "como, onde, quando e se"... Se reencarna ou não, e como, onde, quando e se ocorreria, a decisão final (na totalidade) não será sua. Dentro do aparente caos, é muito provável e lógico que exista uma Ordem. E, portanto, um Julgamento. Mas, a cada um de nós, um papel importante: "assim como julgares, sereis julgados"...; por óbvio, não temos a menor condição de nos julgarmos a nós mesmos (embora, pelos nossos atos, estejamos ajudando a selar o nosso destino)...
Aos que duvidam da Eternidade, cultores do pragmatismo absoluto (personagens que Nelson Rodrigues chamava de "idiotas da objetividade"): dê ao Otimismo e a Deus uma oportunidade (mesmo que vinculada à carência, humildade e amor de um Humilde, Amoroso e Onipresente Deus). Considere que há toda uma sucessão de Universos Finitos e Infinito a atender; e que, portanto, muita coisa não pode ser resolvida aqui e agora...
Da nossa parte, quando nada, leve também em conta que:
1- Somos 99,999999999% ignorantes. Uma infinita dízima periódica... Não sabemos ou podemos criar nem um verme. O que sabemos é muito pouco; com a evolução da tecnologia, em pouco tempo toda a nossa ciência caberá num 'pendrive'. Todo o restante está e estará dentro do campo infinito da nossa ignorância e da nossa Fé, estudo do passado e imaginação.
2 - Se a Eternidade existe, pode existir futuro para todos nós. E
a responsabilidade aumenta muito. Pense nisso. Fica para nós, aqui e agora, o equilíbrio da medida correta das coisas.
Felizmente, somos racionais. Infelizmente (ou felizmente também), "nem Deus pode com a estupidez"... Um outro nome de Deus é Pai. Um Pai que, como nós, (enquanto pais e mães) definitivamente não podemos (e não devemos) interferir na maioria das decisões do livre arbítrio de nossos filhos; mas rezamos por eles, os abençoamos e os aconselhamos...
Deus também tem as suas Leis. Portanto, muito raramente interfere. E, às vezes, (como vejo) precisa da Sua Oportunidade; e assim, espera o momento certo, a perseverança e o merecimento ou demérito comprovado, para agir. Dê uma chance a Deus: trabalhe com fé e coragem; cada um dentro dos seus limites e da sua liberdade ou liberalidade. Que vai até onde começa a liberdade e o limite do outro; e o respeito ao outro (ou ao próximo). O que nem sempre é fácil e perceptível, na nossa cegueira.
Mas a liberalidade e Graça maior, é a Graça de Deus, logicamente subordinada à sua Sabedoria. Às vezes, como é lógico, a prova pode ser ainda maior, e o reconhecimento (ou condenação) não será aqui; ficará para o futuro...
E o caos e a maldade no mundão? Bom, antes de mais nada, estamos sendo criados no e do caos; não somos um produto acabado. E o "cão"? Bom, o Todo Poderoso, às vezes, mesmo que penalizado, tem que soltar seus cachorros... É a mente de Deus, difícil de entender, não? Com certeza... Dadas as limitações e maniqueísmos que impomos (e já vêm, em parte, impostas; algumas, em "lavagens cerebrais") à nossa mente, sem dúvida. Absolutamente. Com toda humildade, podemos dizer que Deus, com certeza (e sua Mente também), é - para nós - paradoxal. Ininteligível. Lembremo-nos, um dos diversos nomes Dele é: "Eu Sou". Só Ele tem a prerrogativa de dizer isso: Assim Diz; e É. Na Sua Totalidade. Ou na totalidade da Sua Sabedoria e Entendimento.
Quanto a nós, somos, de certa forma, "condenados à liberdade". Que vai, como se sabe, até onde começa a liberdade do outro. Por isso, é nossa obrigação a humildade de
dialogar e negociar, inclusive com Deus.
Mas sem aquela de "professores de Deus"... Isso, sim, não existe; é pretensioso demais. Consideremos, inclusive, que dentro das nossas limitações de mortais, cada religião enxerga (ou nega) Deus de um diferente ponto de vista...
[Ah! Errar (e esquecer) é mesmo humano... E pode também ser diabólico; talvez ainda, em certas circunstâncias, em especial concernentes a determinadas personalidades, algo maravilhosamente divino (o Todo Poderoso costuma ser muito pessoal). No caso Dele, "Errar". E Esquecer...
Estava eu, vejam só, na minha empáfia, esquecendo de duas Magnas Corrupções:
- a Segunda: Usar em vão o nome de Deus (ou usar o seu Santo Nome em proveito próprio). Alguém, há dois mil anos atrás, expulsou os vendilhões do templo, lembram-se?...
- e a Primeira (essa é a mais Geral): Não Amar a Deus sobre todas as coisas...
Vamos, pois, começar e terminar o dia orando, cada um do seu jeito?...]
Que tal estudarmos mais, de diferentes fontes, e refletir, para sermos melhores?