Política Pirata Pirate Politics Love before power O amor antes do poder Then Love with power Então o Amor com o poder To destroy (the) Power without love Para destruir o Poder sem amor.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
PIEDADE E IMPIEDADE
Brasília: Estádio Mané Garrincha
A "City of London", através de seus porta-vozes "independentes", o "Financial Times" e o "The Economist", sugerem que "se Dilma Rousseff quer a reeleição deve escolher uma nova equipe econômica" (The Economist, 08/12/2012). A "campanha" do "The Economist", corroborada também por muitos outros artigos no mesmo sentido, em especial no "Financial Times", fala em - nada mais , nada menos - que "quebra de confiança" ("a breakdown of trust")...
Leia o artigo do "The Economist" em: http://www.economist.com/news/leaders/21567942-if-she-wants-second-term-dilma-rousseff-should-get-new-economic-team-breakdown-trust
Bom, resta saber onde foi quebrada a confiança...
Com a mais absoluta certeza, porque o resto é especulação, os bancos e os banqueiros, com a queda dos juros, estão menos confiantes nos lucros que os seus balanços vão apresentar... Mas, pode-se desde já assegurar, ainda serão muito bons (os lucros)...; se comparados, esses lucros, com os custos que são impostos aos clientes e com a situação em que vive a grande maioria da população brasileira, é uma vergonha.
Mas aos banqueiros... Bom, nada disso lhes interessa... "Eles" falam em "quebra de confiança"... O "governo brasileiro" já não é mais tão confiável....
Pedem a cabeça do Mantega... Na verdade, estão mirando na "política econômica do governo Dilma Rousseff"...
PERHAPPINESS... "Tadinhos" (se acham sérios e "parecem" sérios... "Para quem os compra"...; isso ("comprá-los"), por certo, são muitos os que estão e estarão ansiosos por fazê-lo... Estão com saudades dos 8 anos do presidente FHC (com Pedro Malan na Fazenda, hoje conselheiro do Itaú Unibanco) e dos 8 anos do presidente Lula (com o médico Antonio Palocci e com o próprio Mantega na Fazenda; na época, os banqueiros, "a portas fechadas", diziam que derrubavam o governo em 6 meses, se quisessem...). No Banco Central, tiveram "muuito melzinho na chupeta", com Armínio Fraga (formado e "deformado", com todos os méritos, em Princeton, no Soros Fund e na Salomon Brothers) e com Henrique Meirelles (Bank Boston, hoje Bank of America)...
Sem qualquer demérito para os supra-citados, mas a VISÃO que parecem ter é sempre a mesma. Assim:
Mais do mesmo... Não vai muito além...
Não são capazes de pensar que essa "montanha de dinheiro" especulativo poderia ser aplicado em educação, em saúde, em saneamento, em infra-estrutura e, como resultado, CRIAR POSTOS DE TRABALHO, CRIAR EMPREGO. Em outras palavras, CRIAR RIQUEZA.
De outro lado (Que fazer??), a solução (de Pronto-Socorro) é, nada mais nada menos que: "Dá-lhe Bolsa Família!"... E daí, como resultado do propalado "assistencialismo", os supostos "empreendedores de si mesmo" criticam os que, minimamente, socorrem os excluídos... Por que, então, não são verdadeiramente honestos e ajudam a criar EMPREGO e SALÁRIO DECENTE???
Será que não "se tocam"?? "Viciaram" no "ganho fácil"?? Será que não conseguem ter um mínimo de compaixão?
Muitos empreendedores norte-americanos mandaram substituir máquinas escavadeiras por trabalhadores braçais, na Grande Depressão. Não seria, talvez, desse mesmo tipo de altruísmo que precisamos também por aqui?? É preciso refletir... Temos multidões de favelados e de excluídos...
"Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra"?
PS: Aprendi na UCSB (Curso de Economia, University of California at Santa Barbara) que o DÓLAR É A MOEDA MUNDIAL... (isso é um "detalhe"...; a UCSB é mais que ótima...) Como "o bom cabrito não berra", fiquei calado...
Com certeza, aprendem-se coisas "do mesmo tipo" em Princeton (Escola e "escola" do Armínio Fraga), no MIT e em Harvard (onde Henrique Meirelles está em Conselhos Setoriais); em Stanford, em Berkeley ou na UCLA... "Eles", parece, se entendem, têm um tipo de "visão única"... E nós, aonde vamos?? Vamos continuar sendo os "otários" ou "cafajestes" de sempre, que vão estudar a "catequese" alhures, aprendendo a "técnica" de como enganar os "índios"? Ou vamos aprender, inclusive, a nos aliarmos às pessoas mais humanas e compassivas, também nos USA, Europa, China, Emirados, Israel, Índia, Rússia ou Japão (sem descartar, naturalmente, o Oriente, África, Latino-América e demais "points" e "grotões")? Afinal, acolá, como cá, também existe gente que "pensa com o coração"...
PS2: "Déjà vu": parece os anos 1970, da Ditadura Militar...: dá-lhe construir... ESTÁDIOs! (é só o que não falta em nosso país: estádio de futebol; além das nossas riquezas mal exploradas...)... (já não temos mais nem ao menos os antigos "campinhos de várzea", para a piazada jogar)... Mas, "as usual", quando vão fazer "mais do mesmo", mudam-se os nomes (a corrupção começa sempre pelas palavras...)...: agora chamam os estádios de:... ARENAs... Talvez seja mesmo mais adequado: remete a Roma, aos antigos "pagãos" e aos antigos cristãos...
Mas, hoje, quem é que são mesmo os "fiéis"? Como vamos reclamar dos banqueiros, se escolhemos mal, e se escolhemos prioridades erradas para aplicar o dinheiro; que - sabemos - é escasso? Como vamos reclamar se não temos VONTADE POLÍTICA e COMPETÊNCIA para organizar nossas empresas e instituições, de forma que haja verdadeiramente participação societária dos empregados, da população em geral, dos bancos, dos empresários, do Estado (sim!, principalmente onde estiver o interesse público!), das ONGs e muitos outros interessados, sem exceção, unidos para fazer empresas sérias, auto-reguláveis e fiscalizadas pela sociedade? O socialismo e o capitalismo podem conviver. Aliás, ainda não descobriram outro jeito que FUNCIONE MELHOR, E DE FORMA DURADOURA... Mas precisamos deixar de radicalismos. Se estatizar tudo é coisa de comunista, privatizar tudo é coisa de fascista... Não é chegada a hora de fazermos parcerias do que é público com o que é privado de forma honesta e bem-intencionada, criando mais e mais EMPRESAS LUCRATIVAS para todos os interessados (que precisam necessariamente ser sócios), inclusive e principalmente O POVO? Como vamos reclamar da impiedade dos banqueiros se somos, nós mesmos, IMPIEDOSOS?
PS3: O artigo de "The Economist" (link acima), em seu último tópico recomenda: "Stop meddling and let animal spirits roar" (ou, em outras palavras, "Pare de 'se meter' e deixe o instinto animal rugir"...).
Bom, "para o instinto animal (dos banqueiros) rugir", ou seja, fazer com que eles coloquem o "rico dinheirinho" deles na produção e na infraestrutura brasileiras, temos que propiciar boas taxas de retorno do Capital; fazer dar lucro... De um lado, é fácil: o Brasil é uma grande fronteira ainda a ser explorada. De outro, há dificuldades: burocracia, corrupção, ineficiência, excesso de leis, impostos etc; precisamos pois, fazer ainda nossa "lição de casa"... Mas, voltando a lembrar, é bom baixar também os juros, porque daí... os banqueiros não vão deixar o dinheiro "parado"; vão colocar "a bufunfa" em atividades mais rentáveis: na PRODUÇÃO.
Restará fazer que PRODUZIR seja mais rentável que APLICAR financeiramente...
And "last but not least"... Não esquecer de "cevar" os banqueiros..., que eles também são filhos de Deus... E têm um "instinto de sobrevivência" que... o "The Economist" sabe bem do que está falando...
"Vamo lá Brasil! A bola tá conosco! Não vamo perder esse lance!"
E repetindo (todos juntos, numa só voz!!...)(pois "as palavras têm poder"... e os atos, muito mais...): "Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra"?