domingo, 30 de abril de 2017

BELCHIOR E FAGNER: HORA DO ALMOÇO




Hora do Almoço



No centro da sala, diante da mesa
No fundo do prato comida e tristeza
A gente se olha, se toca e se cala
E se desentende no instante em que fala

Medo, medo, medo, medo, medo, medo

Cada um guarda mais o seu segredo,
A sua mão fechada, a sua boca aberta,
O seu peito deserto, sua mão parada,
Lacrada e selada, e molhada de medo

Medo, medo, medo

Pai na cabeceira: hora do almoço
Minha mãe me chama: é hora do almoço
Minha irmã mais nova, negra cabeleira
Minha avó reclama: é hora do almoço

Moço, moço, moço, moço, moço, moço

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida

Ou coisa parecida, ou coisa parecida
Ou coisa parecida, aparecida
Ou coisa parecida, ou coisa parecida
Ou coisa parecida, aparecida

Como mudar a vergonhosa situação política e econômica do Brasil?



Vai ter jeito, dentro da Constituição e da lei, apenas e tão somente se só escolhermos representantes no Parlamento (afinal, serão eles que farão as novas leis) claramente comprometidos com a revisão de direitos adquiridos que configurem privilégios excessivos ou injustificáveis. Isso é absolutamente necessário para mudar esse vergonhoso e revoltante status quo vigente... Tem jeito. Outros países já fizeram isso em pouco tempo, com algumas canetadas competentes, ancoradas no apoio da população.

Mas para isso, todos nós precisamos investigar muito bem em quem estaremos votando, e quais são os compromissos de campanha do candidato. E não reelegermos essas pessoas (se quisermos, sabemos quem são, é só pesquisar bem, de diferentes fontes) comprometidas com a situação atual; e que ajudaram, de uma forma ou de outra, por leniência ou colaboração, o que estamos vendo acontecer.

2018 está chegando. A responsabilidade é e será nossa.