sábado, 20 de agosto de 2016

OLÍMPICOS

Thiago Braz, do Brasil: ouro no salto com vara na Rio 2016

Termina hoje as Olimpíadas Rio 2016, com a Cerimônia de Encerramento começando às 20:00 (hora de Brasília/Rio), neste domingo.

Por um momento, o mundo tirou um tempo para ver e viver a utopia de mundo que o mundo (des)humano podia ser.
Um mundo onde a competência, a emoção, a perseverança, a solidariedade e o trabalho em equipe são premiados.
Uma meritocracia real; não a "meritocracia" dos "espertos" e dos insensíveis.

Um mundo onde os que agem fora das regras são punidos. Onde "juiz ladrão" é bem mais fácil de identificar; e leva menos tempo para alijar do esporte ou da profissão. Onde vencem os melhores. Onde a "elite" é, realmente, dos melhores, que encaram os desafios frente-a-frente, com honestidade, sem truques. Onde os derrotados são também heróis, pois o importante mesmo é participar da festa, apenas competindo, mas sempre valorizando os oponentes.

Não, nunca, um mundo de guerras e mais guerras, quentes e frias, militares e políticas, onde vale tudo, e usam-se todas as armas e todos os enganos, para a vitória ou derrota; nesse outro mundo (não olímpico, e que chamam de real) o que é importante acaba não importando, porque os resultados são - inevitavelmente - sem glória. Assim, sem perceber, todos perdemos; inclusive as nossas crianças, o nosso futuro.

Um momento, pois, para nos envergonharmos do deserto que os "grandes e podres poderes" (e também aqueles que os elegem), estão - miseravelmente - criando: 50% das matas e florestas do mundo já foram devastadas. Agora, os "superpoderes" querem que os países (em desenvolvimento e subdesenvolvidos, a maioria na África e na América Latina) que as preservaram, e que são, em sua maioria, socialmente pobres, preservem o que restou. Ao mesmo tempo, querem 'entupir' esses mesmos países de automóveis e demais formas de poluição, para continuar extraindo o que dizem necessitar.

Insensatez. Ajudem, "caras pálidas", com bons planos, tecnologia e investimentos racionais, e os ajudaremos.

Quanto ao Brasil, terminamos uma grande festa. Gastamos, sim, uma fração quase desprezível (se comparado ao PIB) da arrecadação (dinheiro público) para fazer essa grande Olimpíada. É circo, dirão alguns. Sim, mas é assim que vivemos: de ilusão em ilusão, talvez. E vamos assim, criando novas ilusões, sempre querendo acertar... É assim que somos, humanos... Isso não deve deixar de existir, precisamos (também) nos divertir, confraternizar e unir os povos. E quando é com algo tão saudável então...
É, pois, bom lembrar que esporte também é educação, em especial para a juventude; e ajuda muito a produzir saúde, com seus padrões de alimentação e exercício.
Precisamos ainda, nós brasileiros, nos acostumar a valorizar e elogiar cada atleta que consiga o 20.º ou o 40.º lugar, ou que apenas participe entre os melhores do mundo numa Olimpíada. Deveríamos nos lembrar, sim, com vergonha (e por oposição aos esforços e láureas esportivas), a todo instante, e sempre, que não estamos nem entre os 100 melhores países do mundo em distribuição de renda. Somos, sempre, um dos 10 piores. Vergonhosamente. E isso não é de hoje; é um vício, desgraçadamente, secular.
Devemos não nos esquecer disso, e - para encaminhar soluções - focar na erradicação da praga dos privilégios indefensáveis e inconfessáveis (para uns poucos), dos baixos salários, desemprego, sub-emprego e falta de moradia (para muitos) e do consumo predatório e desnecessário. De corrupções que envolvem (sempre) ganhos privados (ou não existiriam) e têm, como contrapartida desde sempre, calamidades públicas.
Como? Só um pacto social pode resolver isso: com os que gastam demais olhando à sua volta, concordando em abrir a mão de algo e mudando para melhor seus padrões de consumo, com menos supérfluos (o que não significa menos felicidade); e investindo no que é básico (e que também pode dar dinheiro): saneamento para todos, por exemplo. Enfim, sendo menos 'espiritualmente obesos', se reeducando e ajudando a reeducar. No nosso caso, no momento que a humanidade e o Brasil vivem, "Menos Pode (e Deve) Ser Mais"...
Mas é preciso estar atento, porque os espertos e ignorantes, que se acham sábios, misturam tudo, desviam sempre a atenção do que é realmente importante, para que tudo continue "como sempre foi"... "O mundo é assim", dizem eles. "Vocês, brasileiros, são mesmo corruptos" (com a anuência dos 'de cá', convenientemente colonizados). Como se essa realidade fosse apenas nossa...
Meia-verdade. No 'popular', Mentira mesmo. Com esse mantra, esses "inimigos internos" municiados pelos "inimigos externos", atacam as Olimpíadas, atacam qualquer coisa que nós, brasileiros, fizermos.
Mentira. Mentira de quem não quer pensar; e não tem interesse em mudar. Com prejuízo para todos, inclusive eles mesmos, que se iludem em "mandar". Seria de rir, se não fosse trágico... No fim, pelo 'andar da carruagem', destroem até o planeta... Aí, os sobreviventes vão sair de seus abrigos subterrâneos para ocupar o que restar da Amazônia... É o Plano B deles... Em tempo: o Plano A não existe...