segunda-feira, 30 de maio de 2016

PALAVRAS

Se não gerassem, não haveria interessados na
CORRUPÇÃO... [clique para AMPLIAR]
















PALAVRAS

Notícia: 'Ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, grampeado, critica a Lava Jato; e no dia de hoje, decide deixar o cargo'

Falar em Ministério da Transparência, no Brasil, me faz lembrar da extinta União Soviética, onde Josef Stalin foi nomeado, por Lenin, Ministro das Nacionalidades; e depois, ele mesmo, quando tornou-se o Supremo Mandatário, tratou de oprimir violentamente as diversas minorias nacionais; mesmo sendo, como filho da Georgia, membro de uma dessas minorias. Ou da Alemanha Nazista, onde o Ministério do Iluminismo e da Propaganda, com Joseph Goebbels, já então promovido da condição de outrora participante das violentas ações das Tropas de Assalto SA, se ocupava 50% em mentir; e outros 50% com sanguinária Censura e Repressão à liberdade de expressão, em todas as suas formas, silenciando e lançando na clandestinidade qualquer oposição dentro da Alemanha ou nos territórios ocupados.

Há muitos anos, fui aprendendo que a corrupção começa sempre pelas palavras. Simplesmente porque a mentira está sempre associada com a corrupção. Nesse campo, a desonra é chamada de 'honra'; a enganação é um 'direito fundamental'; a violência e opressão são justificadas e estimuladas pela suposta inferioridade dos fracos, divergentes ou diferentes; a opressão de muitos e os privilégios de poucos são chamados de 'meritocracia'; 'organização' é o aparelhamento do Estado (ou, alternativamente, chamar de 'aparelhamento' quando o 'outro lado' ocupa o governo), ou ainda o assalto, também ao Estado, usando todos os meios para conquista do poder, sejam legais ou ilegais, legítimos ou ilegítimos, éticos ou não; nesse estado de coisas, a mais escabrosa manipulação, aliada com interesses inconfessáveis, é denominada de 'justiça'; e por aí vamos, a lista é interminável. Sinônimos passam a ser iguais a antônimos...

'Corrupção sistêmica' é isso, minha gente.

É bom mesmo aproveitar o momento e encaminhar essa gente para se explicar melhor; inclusive os de fora do governo.

A maioria da população espera por isso; por novos paradigmas.

Na sequência, estaremos vendo se a nau realmente vai seguir um rumo melhor. Sempre há esperança e vontade; isso, por certo, não haverá de faltar.
Aguardemos, vigilantes e confiantes, os novos fatos.

TEMPO TEMPO TEMPO















TEMPO TEMPO TEMPO
 
Virou moda dizer, de uns tempos pra cá, como um mantra, que 'o tempo passa rápido'.
Não é verdade. O tempo às vezes passa rápido, às vezes passa devagar; por vezes, vem de supetão; noutras, até demora a chegar.
Por isso, muita calma e sabedoria, no trabalho e no estudo, mas - se possível - aproveitando as chances; e não deixando passar quem não deve passar: porque - na média - 'ele', o tempo, passa como tem mesmo que passar, na velocidade de Deus e do Cosmos...


                                     ORAÇÃO AO TEMPO, de Caetano Veloso, com Maria Bethânia

quarta-feira, 25 de maio de 2016

TRISTE BAHIA, ÚTERO DO BRASIL

Ritual antropofágico desenhado por Theodore de Bry (1528-1598)

TRISTE BAHIA, ÚTERO DO BRASIL

Tocha olímpica recebeu ontem as bençãos na Igreja do Bonfim. Lembrei-me do Bispo Sardinha, que chegou a São Salvador da Bahia de Todos os Santos em 1551, vindo de Portugal; das suas dissensões com o Governador Geral do Brasil, Duarte da Costa, também sediado na então capital Salvador, e cujo filho Álvaro maltratava, costumeiramente, os indígenas, mas prevaricava com as índias; da oposição do bispo aos rituais tabagistas dos indígenas americanos, que começavam a ser assimilados pelos portugueses e pelos europeus (segundo os historiadores, em 1530, plantas de tabaco teriam sido levadas para a Europa e cultivadas pela família real portuguesa por seu aspecto ornamental e por sua função medicinal); e ao relacionamento sexual, muitas vezes forçado, dos portugueses com as nativas de Pindorama, já então (pelo que se sabe), terra nomeada de Brasil; do seu mal explicado naufrágio no litoral baiano, em 1556, quando voltava a Portugal para levar suas queixas a El Rey; e do seu aprisionamento e suposta deglutição antropofágica, em churrascada patrocinada pela tribo baiana dos Caetés, cujo episódio serviu, conforme relatos históricos, para o extermínio de oitenta mil índios pelas tropas sob as ordens do ofendido (e 'moralizante') Governador.

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