quinta-feira, 14 de abril de 2016

O Teorema de Temer

Moro, Temer e Dilma
Conforme os colegas versados nas Ciências Exatas sabem, uma das formas de se demonstrar um Teorema, é pela "redução ao absurdo" (reductio ad absurdum), também chamada de "prova por contradição".

Reductio ad absurdum (latim para "redução ao absurdo"[1] , provavelmente originário do grego ἡ εις άτοπον απαγωγη, transl. e eis átopon apagoge, que significaria algo próximo a "redução ao impossível", expressão frequentemente usada por Aristóteles), também conhecida como um argumento apagógico, reductio ad impossibile ou, ainda, prova por contradição, é um tipo de argumento lógico no qual alguém assume uma ou mais hipóteses e, a partir destas, deriva uma consequência absurda ou ridícula, e então conclui que a suposição original deve estar errada. O argumento se vale do princípio da não-contradição (uma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, verdadeira e falsa) e do princípio do terceiro excluído (uma proposição é verdadeira ou é falsa, não existindo uma terceira possibilidade). Fonte: Wikipedia.

O Teorema de Temer 

Pois bem, vamos ao ABSURDO DA HIPÓTESE DE NOVOS FATOS NO ATUAL PROCESSO DE IMPEACHMENT, em si lógicos; mas que, no entanto, não seguem a LÓGICA DA DERRUBADA DA PRESIDENTE E A LÓGICA DA OPERAÇÃO LAVA JATO. Mas claro, é fácil intuir, impossível que se dê a Operação abaixo. Não ocorrerá. Embora fosse lógico que esta Operação (até) ocorresse, seguidos os critérios, muitos deles absurdos, da tão comentada Operação Lava Jato.
Examinemos, então, o absurdo desta hipótese descrita a seguir; fundada numa suposta ação que, no entanto, seria baseada em fatos verídicos (negociatas), que estão - neste momento - efetivamente ocorrendo. Ação esta que, repetimos, jamais ocorrerá.

NOTÍCIA (sexta-feira, 15/04/2016)

"A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (15) a 29a. fase da Operação Lava Jato, que tem como alvos os supostos conspiradores da derrubada da Presidente eleita Dilma Rousseff. A Operação Lava Jato, como se sabe, completou 2 anos; e a conspirata para derrubada da Presidente, também como se sabe, começou há 15 meses, já por ocasião de sua posse, ainda no Palácio do Planalto. O nome desta nova fase é JABURU, nome do Palácio onde reside, em Brasília, o Vice-Presidente da República. A nova Operação sucede à anterior, denominada VITÓRIA DE PIRRO. Está sendo realizada hoje, desde as 10 horas da manhã (quando a residência oficial se encontrava cheia de visitantes, com seus luxuosos automóveis particulares e, até, carros oficiais), estando centrada esta nova fase no cumprimento de 171 ordens judiciais na residência oficial do Vice-Presidente da República. Os policiais federais realizam atos de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária e condução coercitiva. Comenta-se, em Brasília, que a ação da PF deu-se em meio à oferta e negociação, no Palácio do Jaburu, de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões, visando a substituição de milhares de ocupantes de cargos hoje sendo exercidos por comissionados ligados ao PT e às alas governistas do PMDB, PP, PR e PSD, principalmente esses partidos, por aliados e novos aliados do novo governo que se pretende formar com o impeachment da Presidente da República: serão os mesmos partidos que formam atualmente o Governo, inclusive PMDB, PP, PR e PSD, somados à atual Oposição, em especial PSDB, DEM, PPS e PSB. Nos últimos dias, o Palácio do Jaburu se transformou em ponto de 'romaria' de políticos favoráveis ao impeachment; e também de indecisos quanto ao voto."

Demonstrado, pela "redução ao absurdo", o absurdo desse impeachment, fundado num crime de responsabilidade que não existe, num momento em que o país e o povo tentam confrontar a corrupção?? E que, também absurdamente, torna sem efeito o resultado de uma eleição que custou bilhões de reais ao país??
CQD, Conforme Queríamos Demonstrar??
Creio que sim... QED - Quod erat demonstrandum...

BRASIL: VAMOS RECUSAR AS SOLUÇÕES FÁCEIS. É HORA DE CONTINUAR A DEFENDER A DEMOCRACIA.
A esta altura, já que foi esse o caminho institucional escolhido, vamos respeitar a Democracia: respeitando as leis e as decisões dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Não há outro caminho para preservar essa planta, ainda jovem, que é a nossa DEMOCRACIA. O que não vai ser fácil de ocorrer... Porque, numa democracia, quando não se respeita o resultado eleitoral, despertam-se paixões e interesses difíceis de controlar. Devíamos ter seguindo o exemplo do candidato Democrata Al Gore, nos Estados Unidos, que perdeu para o Republicano George W. Bush, no estado da Flórida, por apenas 537 votos em quase 6 milhões, e uma mudança no resultado da Flórida, que foi contestado, inverteria o resultado final. Recorreu à Suprema Corte e foi derrotado pela estreita margem de 5x4. Aceitou o resultado. A nossa Oposição não fez isso. Provavelmente, o candidato Aécio Neves ainda vai chorar lágrimas de crocodilo pela decisão que tomou e pelos rumos posteriores dos fatos. Seu avô Tancredo, por certo, teria respeitado o resultado. Às vezes, por respeito à Nação e à Democracia, chega a hora de PARAR. Uma hora, isso vai ter que ocorrer. Se o que se tem é AMOR AO BRASIL, e ao seu povo, hoje dividido, pensando na totalidade do povo e da nação, É MELHOR FAZER ISSO ENQUANTO É TEMPO.

Respeitem o meu voto e de 54,5 milhões de eleitores. Sei, e já sabia nas eleições, que há roubos sendo investigados. E gente que deve ser punida, com critérios realmente justos e exemplares, que sejam válidos para os diversos lados envolvidos.
SEI MAIS: DURANTE 15 MESES, A MAIORIA DA CÂMARA IMPEDIU A PRESIDENTE DE GOVERNAR, COM GRAVES CONSEQUÊNCIAS PARA A ECONOMIA E PARA A POPULAÇÃO EM GERAL. UM ABSURDO, QUANDO SE SABE QUE O LEGISLATIVO, PELAS RESPONSABILIDADES QUE ABARCA, É - DESDE SEMPRE - CORRESPONSÁVEL PELOS ATOS DE GOVERNO.
Agora, na apoteose de todo esse processo, muitos desses senhores deputados, apenas querem sacramentar, com um golpe final, a sucessão de atos que vêm praticando desde a posse da Presidente Dilma.
ISSO NÃO É BOM PARA O BRASIL. E NÃO É BOM PARA A DEMOCRACIA. É PRECISO CALMA, MUITA CALMA, PARA FAZER CRESCER A NOSSA DEMOCRACIA. QUALQUER QUE SEJA O RESULTADO DA VOTAÇÃO NO PRÓXIMO DOMINGO.
Portanto, senhores deputados, os eleitores brasileiros não votaram para que os senhores Temer, Aécio e Cia. [com Cunha, neste caso, possivelmente assumindo a condição de número 1 na linha de sucessão do(a) Presidente] se reunissem para galgar (em "eleição" indireta) o comando do poder executivo; como se legislativo e executivo fossem feudo, pasto e repasto de um dominante cartel parlamentar. 
Lembrem-se: os eleitores brasileiros escolheram como presidente a senhora Dilma Rousseff. Esse, o absurdo da situação que poderão estar criando. E como gostava de lembrar, já velho, o ex-ministro, governador e senador Tancredo Neves, "a esperteza, quando é muito grande, come o dono". Vigiem.