Política Pirata Pirate Politics Love before power O amor antes do poder Then Love with power Então o Amor com o poder To destroy (the) Power without love Para destruir o Poder sem amor.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Linda Ronstad - Blue Bayou
Hoje, dia do meu aniversário, recebi esta música "de presente". Obrigado!
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Os Inimigos. O Sistema. Pensar é um bom começo.
O Universo requer a Eternidade. Os verbos conservar e criar, tão inimigos no mundo, são sinônimos no céu." (Jorge Luiz Borges)
Para nós, simples mortais - que vemos, o mais das vezes, a simples aparência - ser liberal, ou ser conservador; ser cristão, ou muçulmano; ser preto, ou ser branco; sérvio ou bósnio; chinês ou japonês; comunista ou fascista; "tucano" ou "petista" (e tantas coisas mais...) podem ser "coisas" excludentes. Para Deus, não (desculpa, Chefe...; olha euzinho aí falando em nome Dele...). "A luz que habita nas trevas" pensa e faz diferente. Simplesmente... porque está "um pouquinho" acima do Universo... (diz-se que Deus está no Universo, mas o Universo não está em Deus...), Ele não tem inimigos... É Eterno; tem todo o tempo do mundo... e tudo permeia... Mas não se omite (nem pode; seria transgredir suas Leis). Ele É; Só, com toda sutileza. Convida, mas não obriga. Embora "saiba", não pode interferir nas nossas responsabilidades. Somos livres, lembram-se? Nós, ao contrário, pela "macaquice" de nossos sonhos, e pela manifesta ignorância de nossos atos, talvez nos arrisquemos a "deixar de ser"... Ou, talvez, nunca tenhamos sido... Mais ainda, não aprendemos a ser (porque não nos esforçamos e, desde tempos imemoriais, apenas copiamos um certo tipo de perversão...). Depois, pomos a culpa no "Sistema" ou "no inimigo". Fácil, não? Esquecemos até que o "Sistema" somos nós. Somos nós que fazemos o "Sistema"! Só nós podemos mudar! Quando é que a nossa prioridade vai passar a ser socorrer nossos irmãos? Quando é que vamos deixar de priorizar a produção de "lixo"? Quando é que vamos deixar de nos iludir? E dar passos no sentido de viver a verdade? Como vamos fazer para conseguir dar essa "guinada", Senhor? Uma coisa é certa: primeiro, nós precisamos nos unir, e decidir o que precisa mudar (ou vice-versa...; a função da liderança é, também, dar o primeiro passo...). Então, fazer novas leis; e novas instituições, desenhadas para as novas prioridades. Precisamos fazer, começando por definir o que queremos. Em seguida, definir como faremos: que instituições serão criadas e que organizações serão extintas? Como será a transição? Quais as prioridades? O que não pode continuar? O que precisa nascer? Quais serão as novas empresas, os novos modelos? Como faremos para realizar as nossas potencialidades? Como faremos para ser verdadeiramente solidários? Como vamos mudar nossas cabeças? E nossos corações? Como é que vamos fazer para não brigarmos uns com os outros? Como é que vamos nos ajudar? Como vamos nos educar para sermos sãos e saudáveis? O exemplo não é apenas a melhor maneira de ensinar; é a única maneira de ensinar... O que vamos começar a construir agora? Quais são as suas idéias? Como colocá-las em prática? Não temos tanto tempo assim... A longo prazo, todos nós estaremos mortos...
Para nós, simples mortais - que vemos, o mais das vezes, a simples aparência - ser liberal, ou ser conservador; ser cristão, ou muçulmano; ser preto, ou ser branco; sérvio ou bósnio; chinês ou japonês; comunista ou fascista; "tucano" ou "petista" (e tantas coisas mais...) podem ser "coisas" excludentes. Para Deus, não (desculpa, Chefe...; olha euzinho aí falando em nome Dele...). "A luz que habita nas trevas" pensa e faz diferente. Simplesmente... porque está "um pouquinho" acima do Universo... (diz-se que Deus está no Universo, mas o Universo não está em Deus...), Ele não tem inimigos... É Eterno; tem todo o tempo do mundo... e tudo permeia... Mas não se omite (nem pode; seria transgredir suas Leis). Ele É; Só, com toda sutileza. Convida, mas não obriga. Embora "saiba", não pode interferir nas nossas responsabilidades. Somos livres, lembram-se? Nós, ao contrário, pela "macaquice" de nossos sonhos, e pela manifesta ignorância de nossos atos, talvez nos arrisquemos a "deixar de ser"... Ou, talvez, nunca tenhamos sido... Mais ainda, não aprendemos a ser (porque não nos esforçamos e, desde tempos imemoriais, apenas copiamos um certo tipo de perversão...). Depois, pomos a culpa no "Sistema" ou "no inimigo". Fácil, não? Esquecemos até que o "Sistema" somos nós. Somos nós que fazemos o "Sistema"! Só nós podemos mudar! Quando é que a nossa prioridade vai passar a ser socorrer nossos irmãos? Quando é que vamos deixar de priorizar a produção de "lixo"? Quando é que vamos deixar de nos iludir? E dar passos no sentido de viver a verdade? Como vamos fazer para conseguir dar essa "guinada", Senhor? Uma coisa é certa: primeiro, nós precisamos nos unir, e decidir o que precisa mudar (ou vice-versa...; a função da liderança é, também, dar o primeiro passo...). Então, fazer novas leis; e novas instituições, desenhadas para as novas prioridades. Precisamos fazer, começando por definir o que queremos. Em seguida, definir como faremos: que instituições serão criadas e que organizações serão extintas? Como será a transição? Quais as prioridades? O que não pode continuar? O que precisa nascer? Quais serão as novas empresas, os novos modelos? Como faremos para realizar as nossas potencialidades? Como faremos para ser verdadeiramente solidários? Como vamos mudar nossas cabeças? E nossos corações? Como é que vamos fazer para não brigarmos uns com os outros? Como é que vamos nos ajudar? Como vamos nos educar para sermos sãos e saudáveis? O exemplo não é apenas a melhor maneira de ensinar; é a única maneira de ensinar... O que vamos começar a construir agora? Quais são as suas idéias? Como colocá-las em prática? Não temos tanto tempo assim... A longo prazo, todos nós estaremos mortos...
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Renúncia. Coragem. Sintonia.
A renúncia
Quem mantém intenções impõe à realidade algo de seu; talvez pretenda alterá-la a partir de uma imagem preconcebida ou influenciar e convencer outras pessoas de acordo com ela. Procedendo assim, procede como se estivesse numa posição superior face à realidade; como se ela fosse um objeto para a sua subjetividade e não fosse ele, ao invés, o objeto da realidade. Aqui fica evidente o tipo de renúncia exigido de nós para abdicarmos de nossas intenções, inclusive das boas intenções. Além do mais, o próprio bom senso exige essa renúncia, pois a experiência nos mostra que frequentemente sai errado o que fazemos com boa intenção ou até mesmo com a melhor das intenções. A intenção não substitui a compreensão.
A coragem
Quem teme o que a realidade traz à luz coloca uma viseira nos olhos. E quem receia o que os outros vão pensar ou fazer quando diz o que percebeu fecha-se a um novo conhecimento. Aquele que, como terapeuta, teme defrontar-se com a realidade de um cliente - por exemplo, a de que lhe resta pouco tempo de vida - transmite-lhe medo, dando-lhe a ver que o terapeuta não está à altura desta realidade.
A sintonia
Um discípulo perguntou a um mestre: "Diga-me, o que é a liberdade?"
"Que liberdade?", perguntou-lhe o mestre.
"A primeira liberdade é a estupidez. Lembra o cavalo que, relinchando, derruba o cavaleiro, só para sentir depois o seu pulso ainda mais firme.
A segunda liberdade é o remorso. Lembra o timoneiro que, após o naufrágio, permanece nos destroços em vez de subir ao barco salva-vidas.
A terceira liberdade é a compreensão. Ela sucede à estupidez e ao remorso. Assemelha-se ao caule que se balança com o vento e, por ceder onde é fraco, permanece de pé."
"Isso é tudo?", perguntou o discípulo?
O mestre respondeu: "Algumas pessoas acham que são elas que procuram a verdade de suas almas. Contudo, é a grande Alma que pensa e procura através delas. Como a natureza, ela pode permitir-se muitos erros, porque está sempre e sem esforço substituindo os maus jogadores. Mas aquele que a deixa pensar recebe dela, às vezes, certa liberdade de movimento. E, como um rio que carrega o nadador que se deixa levar, ela o leva até a margem, unindo sua força à dele."
[Extraído do livro Ordens do Amor (em alemão: Ordnungen der Liebe), de Bert Hellinger, psicanalista, nascido na Alemanha em 1925; formou-se em Filosofia, Teologia e Pedagogia. Foi missionário católico na África do Sul, durante 16 anos, dirigindo várias escolas de nível superior. Obras anteriores: A Simetria Oculta do Amor e Constelações Familiares. Os três livros aqui citados foram publicados no Brasil pela Editora Cultrix]
Quem mantém intenções impõe à realidade algo de seu; talvez pretenda alterá-la a partir de uma imagem preconcebida ou influenciar e convencer outras pessoas de acordo com ela. Procedendo assim, procede como se estivesse numa posição superior face à realidade; como se ela fosse um objeto para a sua subjetividade e não fosse ele, ao invés, o objeto da realidade. Aqui fica evidente o tipo de renúncia exigido de nós para abdicarmos de nossas intenções, inclusive das boas intenções. Além do mais, o próprio bom senso exige essa renúncia, pois a experiência nos mostra que frequentemente sai errado o que fazemos com boa intenção ou até mesmo com a melhor das intenções. A intenção não substitui a compreensão.
A coragem
Quem teme o que a realidade traz à luz coloca uma viseira nos olhos. E quem receia o que os outros vão pensar ou fazer quando diz o que percebeu fecha-se a um novo conhecimento. Aquele que, como terapeuta, teme defrontar-se com a realidade de um cliente - por exemplo, a de que lhe resta pouco tempo de vida - transmite-lhe medo, dando-lhe a ver que o terapeuta não está à altura desta realidade.
A sintonia
Um discípulo perguntou a um mestre: "Diga-me, o que é a liberdade?"
"Que liberdade?", perguntou-lhe o mestre.
"A primeira liberdade é a estupidez. Lembra o cavalo que, relinchando, derruba o cavaleiro, só para sentir depois o seu pulso ainda mais firme.
A segunda liberdade é o remorso. Lembra o timoneiro que, após o naufrágio, permanece nos destroços em vez de subir ao barco salva-vidas.
A terceira liberdade é a compreensão. Ela sucede à estupidez e ao remorso. Assemelha-se ao caule que se balança com o vento e, por ceder onde é fraco, permanece de pé."
"Isso é tudo?", perguntou o discípulo?
O mestre respondeu: "Algumas pessoas acham que são elas que procuram a verdade de suas almas. Contudo, é a grande Alma que pensa e procura através delas. Como a natureza, ela pode permitir-se muitos erros, porque está sempre e sem esforço substituindo os maus jogadores. Mas aquele que a deixa pensar recebe dela, às vezes, certa liberdade de movimento. E, como um rio que carrega o nadador que se deixa levar, ela o leva até a margem, unindo sua força à dele."
[Extraído do livro Ordens do Amor (em alemão: Ordnungen der Liebe), de Bert Hellinger, psicanalista, nascido na Alemanha em 1925; formou-se em Filosofia, Teologia e Pedagogia. Foi missionário católico na África do Sul, durante 16 anos, dirigindo várias escolas de nível superior. Obras anteriores: A Simetria Oculta do Amor e Constelações Familiares. Os três livros aqui citados foram publicados no Brasil pela Editora Cultrix]
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
David Bowie & Gail Ann Dorsey, Absolute Beginners
Absolute Beginners
David Bowie
Composição: David Bowie
I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to Hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed
If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
"O Brasil é uma Federação" ou "Como se Ganha uma Eleição Nacional"
Dilma e Lula CLIQUE na FOTO para AMPLIAR
Senhores,
Essa não foi mesmo uma eleição do PT contra o PSDB. O números mostraram, mais uma vez, que o PT representa uma preferência em torno de 30 % do eleitorado; o PSDB, quem sabe, e olhe lá, considerados os pesos de São Paulo e Minas, talvez uns 15 %. O PV da Marina, talvez uns 2 %... Uma boa maneira de tirar essa medida é verificar as bancadas no Congresso, nas Assembléias, e os votos que elegeram os Governadores dos Estados (todos, também, em Coligação, ou em alianças de 2.º turno, com muitos outros partidos...).
A Coligação do PT (ou do Lula, como queiram)(oops!... esqueci o PMDB...) é o equivalente brasileiro do Partido do Obama (e dos Kennedy, e do casal Clinton...), pois junta todas as "minorias": os sem-terra, ecologistas, pardos (no Brasil, graças a Deus, a terra da miscigenação, somos todos mestiços...; aqui, seria quase uma maioria; mas uma parte está do outro lado...), artistas, "paraibas" (brincadeirinha... palavras são armadilhas... e essa é uma bela palavra de origem indígena...; lindas praias, Tambaú, João Pessoa...), banqueiros, alguns dos ricos, alguns endinheirados, "coronéis", muitos favelados, piratas, empresários, empreiteiros, funcionários públicos, índios, GLSBs, artistas, intelectuais, a igreja Universal, a RedeGlobo, alguns ateus, outros evangélicos, o PMDB (seria, com certeza, um DESTAQUE, com Michel Temer à frente...), católicos progressistas, alguns espíritas, "comunistas", algumas mulheres (inclusive as eleitoras do "Lindinho de Nova Iguaçu"...), feministas, conservadores (querem conservar seus empregos...), liberais (principalmente com o dinheiro dos outros), a "esquerda festiva", sindicalistas, a esquerda "da pesada", stalinistas, trotskistas, os pobres, a legião do "bolsa família", a "turma da boquinha"... Bom, a lista seria interminável... Do outro lado, a Coligação do PSDB (ou do Serra, como queiram)(oops!... perdão... esqueci do DEM...; os Republicanos, aqui, resolveram travestir-se de Democratas...) é o equivalente do Partido do Bush pai e do Bush filho (e do Reagan, do Nixon e do "Exterminador da Califórnia"), pois junta, também, muitas outras "minorias": fundamentalistas (católicos, evangélicos e outros religiosos), outros ateus, outros espíritas, ruralistas, outros (às vezes os mesmos) "coronéis", outros pardos (em geral, mais lustrosos e engomados...), outros empresários, outros piratas, os "pelegos", os conservadores, dos seus privilégios (Bornhausen style), "fascistas", skin-heads, gays "de armário", outros liberais (também com o dinheiro dos outros), outros ecologistas, outros favelados, os mesmos banqueiros do lado de lá, muitos outros endinheirados, a RedeGlobo, empresários, empreiteiros, o Índio (refiro-me àquele indicado pelo DEM - que nem ao menos mandou um cacique de maior DESTAQUE (o Rio está cheio deles, inclusive nas Escolas de Samba...; por que seria então essa "escolha"? afinal, foi a Sarah Palin do Serra...), os ricos e os mais ricos, outras mulheres, os "nádegas de veludo"..., outros funcionários públicos, uma outra "turma da boquinha". Uma coligação tendendo a ser um pouco mais homogênea, principalmente porque o dinheiro, nela, está substancialmente mais concentrado. Também talvez um pouco mais "fashion", com mais perfume importado... Se bem que a Marta Suplicy esteja do outro lado...
Bom, se quiserem prosseguir com esse festival de estereótipos e preconceitos... tem mais... prossigam... talvez nem tenha fim... Enfim, DEMOCRATAS x REPUBLICANOS, "Brazilian Style"...
Como os DEMOCRATAS do OBAMA ganharam a eleição, já foi exaustivamente analisado. E como os nossos DEMOCRATAS do LULA (agora, da DILMA; rei morto, rei posto...) ganharam essa eleição de ontem?
1.º O Brasil é uma Federação. Cada Estado é um País. Para ficar fácil de entender, vou citar alguns dos mais notórios: Bahia, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Maranhão, Santa Catarina... Cada Estado, estás a ver, é um País muito diferente (um do outro)! Quem conhece, sabe... E é preciso entender o povo e a política de cada um desses países... Porque o resultado final vai ser uma somatória...
2.º A "costura" começou antes do 1.º Turno. Ali, foram dadas as cartas. E o Lula distribuiu, muito bem "assessorado" aliás... A Dilma jogou com o Michel Temer. O Serra..., com o Índio. Covardia... Mas tudo bem: o Serra é valente, foi à luta. Quase sozinho. O Índio foi a "senha" de que ninguém acreditava. Só o Serra. E o Sul. Fez (ou perdeu) bonito...; foi heróico.
3.º Resultado do 2.º Turno: Dilma venceu (em milhões de votos) por 2.8 na Bahia; 2.4 em Pernambuco; 2.3 no Ceará; 1.8 em Minas Gerais; 1.7 no Rio de Janeiro e 1.7 no Maranhão. Diferença total nesses 6 grandes estados: 12.7 milhões de votos. Aí Dilma fez a diferença. A diferença final, pró-Dilma foi de 12 milhões de votos, menor que a diferença nesses 6 estados. Por que? Serra pôs uma frente de 1.8 (milhões de votos) em São Paulo, 0.6 no Paraná e 0.4 em Santa Catarina; foram diferenças relativamente pequenas, dado o tamanho do eleitorado. No DF, PA, GO e RS, ficou quase no empate. Os demais estados são pequenos, ou menores, não significaram muito. Entre os "pequenos" (no eleitorado) , registre-se, os grandes destaques ficaram por conta de Amazonas e Piauí. Ambos os Estados deram vitórias esmagadoras a Dilma: no Amazonas, 860 mil votos de frente, em 1,4 milhão de votos válidos; no Piauí, 630 mil votos de diferença, em 1,6 milhão de votos válidos...
"Resumo da ópera":
1. A diferença no Nordeste foi enorme, foi uma "onda" bem orquestrada pelos políticos locais, servindo aos seus interesses, e "bombada" pelo Presidente popular, nordestino, e com políticas públicas de diminuição das desigualdades sociais. A diferença, só na Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão, chegou a 9.2 milhões de votos. Em todo o Norte-Nordeste, fez-se uma diferença mais do que folgada; quase imbatível. Mas o restante, os demais Estados, têm um peso enorme. Era preciso "administrar bem o resultado"... Note-se que essa "administração", no Sul e Sudeste, também foi muito competente: Dilma ganhou, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por 275.000 votos de diferença, graças às vitórias em Minas, Rio e Brasília, e à pequena diferença da "derrota" em São Paulo; ou seja: na realidade, ganharia a eleição mesmo se fosse desconsiderado o resultado no Norte e Nordeste...
Uma micro reminiscência: Lembram do que o Serra (diz-se) fez com a Roseana, quando ela, então no PeFeLê, ensaiava sair candidata à Presidência, e liderava as pesquisas? Aquelas fotos da apreensão daquele monte de dinheiro, pela Polícia Federal, no escritório do marido da Roseana, saindo na primeira página do Estadão e da Folha de São Paulo? Bom, deu no que deu: 1.7 de diferença no Maranhão...(terra do popularíssimo Guaraná Jesus, fórmula criada em 1920 pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes, que - irônicamente - era ateu, e que por isso foi excomungado; hoje, pertence à "The Coca-Cola Company"... fonte: Wikipédia...)
2. E Minas? Aécio Neves da Cunha e seus conselheiros sabiam que era muito difícil a briga contra Lula, nessas eleições. A economia estava razoavelmente bem. Os pobres foram assistidos como nunca (na história desse país...). Minas faz fronteira com o Nordeste, com o Centro-Oeste, com o Espírito Santo, com o Rio e com o Sul (São Paulo). Como nenhum Estado, sofre influências de todas as regiões do país. É um importante termômetro da alma brasileira, e da temperatura política... Serra ganhou no Sul de Minas; ganhou em São João del Rey (terra de Aécio), empatou em BH (ganhou por pouco; perdeu na Região Metropolitana), mas perdeu em quase todo o resto do estado, principalmente na "zona da SUDENE", disparado... Para Aécio brigar "mesmo" contra Lula, "briga feia", quando havia grande chance de perder essa briga, a recompensa teria que ter sido muito grande... Brigar com o governo federal, não é coisa de mineiro... Vai encarar?... E a eleição local? Até a eleição local poderia ser perdida... Além disso, Minas e Aécio, precisavam "livrar a cara" e "garantir o leite das crianças", antes de colocar "café no bule" do paulista Serra. Serra não aceitou as prévias no PSDB... Teria sido um ótimo marketing, um belo tempo de exposição na mídia. Para ambos: Serra e Aécio. Um tempo até para solidificar uma amizade, ou uma rivalidade respeitosa e, ao fim, uma unidade partidária, em um partido que, tendo vencido a inércia, iniciaria "aquecido" a batalha das urnas... Serra não quis... Paciência... Mais uma "bola fora" dos "tucanos"...
3. Rio de Janeiro? O Rio, antiga capital imperial, capital da República até 1960 (final do governo do mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira), transformou-se no antigo Estado da Guanabara, e costuma votar com a "esquerda". Mesmo Carlos Lacerda, da "direita", quando se elegeu Governador do Estado da Guanabara, em 1960, teve menos de 40 % dos votos (não havia 2.º Turno...). O carioca tem, também, uma outra dificuldade: votar em paulista; a rivalidade é muito grande... Em todos os setores, até no futebol... O Estado do Rio (o povo é outro, são os fluminenses...; hoje, é o interior do Estado...), ao qual foi incorporado o Estado da Guanabara, é um pouco (às vezes bastante) diferente da "Cidade Maravilhosa"; faz fronteira com São Paulo, Minas e Espírito Santo. Serra ganhou no norte e na Serra (!) fluminense; até que fez bonito: fez quase 40 % dos votos no Estado do Rio...
4. E São Paulo? É a "Sede" do PSDB. Mas também é a "Sede" do PT. No Estado (na Capital e ABC é diferente...), o PT sempre perde... Mas por pouco...
5. Paraná? Tem sido a "Quinta Comarca" de São Paulo. Mais "paulista" que os próprios paulistas. Por que? Razões históricas... Já foi - mesmo - a Quinta Comarca de São Paulo; o Norte do Estado ainda torce por Corinthians e Palmeiras... e há fortes ligações econômicas e "culturais", que permanecem...; mais: ao contrário de São Paulo, o PT não tem tanta força...
6. Rio Grande? "Chimangos" x "Maragatos"... Gre-Nal... Como sempre, a "pelea" é dura... quase empatada... Decisão foi nos pênaltis... Diferença mínima...
Bom, agora, é rezar... E nos unirmos, e nos respeitarmos, e, porque não?, nos amarmos, para ajudar o nosso Brasil...
Também é bom parar com essa mania, bem brasileira, de dizer que o jogo foi roubado, tá?... Freud explica...
VOTO ABERTO (em geral, não sou a favor disso...)
A essa altura, podem pensar que votei na Dilma; ou no Serra, não sei... Como meu voto, para mim, foi - desta vez - inusitado (explico...), pois em mais ou menos 20 eleições sempre pensei exercer minha autodeterminação, e o "sagrado direito" do voto (escolhendo, se fosse o caso, "o mal menor"...), sinto-me, dessa vez, na obrigação de declarar meu voto...
Depois da redemocratização, em 1990, votei no Covas (1.º turno) e no Lula (2.º turno); em 1994 - FHC; 1998 - Lula e Lula; 2002 - Lula e Lula; 2006 - Lula.
Agora, em 2010, no primeiro turno, votei na Marina. Foi meu primeiro "voto de protesto", "depois de velho"... Queria ver a Dilma ganhar no segundo turno; no primeiro turno, achei que era "encher demais a bola" da "futura Presidenta"... Mas se a Marina fosse para o segundo turno, votaria na Dilma... São tortuosos, os caminhos do coração...
Já no segundo turno... Bom, cheguei na "cabine indevassável", e foi rápido, muito rápido dessa vez... Como dizem , "sempre tem uma primeira vez"... Quebrei um paradigma... Dessa vez, não precisei nem da "colinha", nem de memorizar números... Foi só apertar BRANCO e... CONFIRMA!... Maravilha! Sou um "NOVO AUTISTA"... (Nem tanto... Já sabia que a Dilma ganharia e, LÁ NO FUNDO DO CORAÇÃO, TORCIA POR ELA...) Foi, talvez, a minha única maneira de não me sentir responsável com o que está por vir, qualquer que fosse o vencedor...
O que não resolve nada (como, aliás, "percebeu" Pôncio Pilatos, 2000 anos atrás)... Mas valeu! De mim, dessa vez, não levaram nada: fui a pé, não gastei gasolina, e não lhes dei o meu voto, pela primeira vez. É um começo?... Quem sabe?
Pois sei bem, até demais, que o futuro não será nada bom, se as atitudes não forem muito diferentes. Será que não podemos ser um pouco mais generosos? Nosso povo merece mais. Nós merecemos mais. E não é dinheiro, não... Só se fala em crescimento da economia... Em produção de automóveis, e outros produtos, que chamam de "bens"... mesmo o marqueteiro do PSDB diz que o Serra é "do bem"....
Precisamos avançar em outro sentido. Buscar outras soluções... Mais do que produzir por produzir, precisamos escolher quais são os bens que devemos produzir. Quais são as profissões e trabalhos que devemos priorizar. Como tornar a Economia mais eficiente. O trabalho nem sempre produz riqueza; ao contrário, pode até produzir destruição (a indústria da guerra é um caso extremo, fácil de entender)... E a riqueza, também, às vezes, produz muito desperdício, muita futilidade, egoísmo e "obesidade". Há muita gente sem trabalhar e - principalmente - gente trabalhando em atividades absolutamente improdutivas. Precisamos PENSAR MELHOR A SOCIEDADE...
E estudar muito bem a História. Para não repeti-la no que teve de ruim; copiando - se possível - o que houve de virtuoso... A alma, que é ligada a Deus, quer dar; o ego, quer tomar... Que tal buscarmos um pouco mais de equilíbrio? Que tal repartir o pão? Encontrar modos e meios de REPARTIR AGORA. Já. Não devemos deixar para depois... Isso é urgente, em especial nesta Nação. Devemos, pois, apoiar - com ênfase - todos os programas de educação, capacitação, emprego de mão-de-obra e distribuição de renda.
Precisamos agir com muito maior seriedade. Há urgência. Os que sabem, e podem, precisam agir AGORA. Pois, a longo prazo, estaremos todos mortos... E oportunidades importantes - se os que sabem, NÃO FIZEREM AGORA - terão sido perdidas... (porque até para transmitir para as novas gerações é preciso o ENSINO PRÁTICO...)
Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração...
PREPARAI, pois, a vinda do Senhor...
Senhores,
Essa não foi mesmo uma eleição do PT contra o PSDB. O números mostraram, mais uma vez, que o PT representa uma preferência em torno de 30 % do eleitorado; o PSDB, quem sabe, e olhe lá, considerados os pesos de São Paulo e Minas, talvez uns 15 %. O PV da Marina, talvez uns 2 %... Uma boa maneira de tirar essa medida é verificar as bancadas no Congresso, nas Assembléias, e os votos que elegeram os Governadores dos Estados (todos, também, em Coligação, ou em alianças de 2.º turno, com muitos outros partidos...).
A Coligação do PT (ou do Lula, como queiram)(oops!... esqueci o PMDB...) é o equivalente brasileiro do Partido do Obama (e dos Kennedy, e do casal Clinton...), pois junta todas as "minorias": os sem-terra, ecologistas, pardos (no Brasil, graças a Deus, a terra da miscigenação, somos todos mestiços...; aqui, seria quase uma maioria; mas uma parte está do outro lado...), artistas, "paraibas" (brincadeirinha... palavras são armadilhas... e essa é uma bela palavra de origem indígena...; lindas praias, Tambaú, João Pessoa...), banqueiros, alguns dos ricos, alguns endinheirados, "coronéis", muitos favelados, piratas, empresários, empreiteiros, funcionários públicos, índios, GLSBs, artistas, intelectuais, a igreja Universal, a RedeGlobo, alguns ateus, outros evangélicos, o PMDB (seria, com certeza, um DESTAQUE, com Michel Temer à frente...), católicos progressistas, alguns espíritas, "comunistas", algumas mulheres (inclusive as eleitoras do "Lindinho de Nova Iguaçu"...), feministas, conservadores (querem conservar seus empregos...), liberais (principalmente com o dinheiro dos outros), a "esquerda festiva", sindicalistas, a esquerda "da pesada", stalinistas, trotskistas, os pobres, a legião do "bolsa família", a "turma da boquinha"... Bom, a lista seria interminável... Do outro lado, a Coligação do PSDB (ou do Serra, como queiram)(oops!... perdão... esqueci do DEM...; os Republicanos, aqui, resolveram travestir-se de Democratas...) é o equivalente do Partido do Bush pai e do Bush filho (e do Reagan, do Nixon e do "Exterminador da Califórnia"), pois junta, também, muitas outras "minorias": fundamentalistas (católicos, evangélicos e outros religiosos), outros ateus, outros espíritas, ruralistas, outros (às vezes os mesmos) "coronéis", outros pardos (em geral, mais lustrosos e engomados...), outros empresários, outros piratas, os "pelegos", os conservadores, dos seus privilégios (Bornhausen style), "fascistas", skin-heads, gays "de armário", outros liberais (também com o dinheiro dos outros), outros ecologistas, outros favelados, os mesmos banqueiros do lado de lá, muitos outros endinheirados, a RedeGlobo, empresários, empreiteiros, o Índio (refiro-me àquele indicado pelo DEM - que nem ao menos mandou um cacique de maior DESTAQUE (o Rio está cheio deles, inclusive nas Escolas de Samba...; por que seria então essa "escolha"? afinal, foi a Sarah Palin do Serra...), os ricos e os mais ricos, outras mulheres, os "nádegas de veludo"..., outros funcionários públicos, uma outra "turma da boquinha". Uma coligação tendendo a ser um pouco mais homogênea, principalmente porque o dinheiro, nela, está substancialmente mais concentrado. Também talvez um pouco mais "fashion", com mais perfume importado... Se bem que a Marta Suplicy esteja do outro lado...
Bom, se quiserem prosseguir com esse festival de estereótipos e preconceitos... tem mais... prossigam... talvez nem tenha fim... Enfim, DEMOCRATAS x REPUBLICANOS, "Brazilian Style"...
Como os DEMOCRATAS do OBAMA ganharam a eleição, já foi exaustivamente analisado. E como os nossos DEMOCRATAS do LULA (agora, da DILMA; rei morto, rei posto...) ganharam essa eleição de ontem?
1.º O Brasil é uma Federação. Cada Estado é um País. Para ficar fácil de entender, vou citar alguns dos mais notórios: Bahia, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Maranhão, Santa Catarina... Cada Estado, estás a ver, é um País muito diferente (um do outro)! Quem conhece, sabe... E é preciso entender o povo e a política de cada um desses países... Porque o resultado final vai ser uma somatória...
2.º A "costura" começou antes do 1.º Turno. Ali, foram dadas as cartas. E o Lula distribuiu, muito bem "assessorado" aliás... A Dilma jogou com o Michel Temer. O Serra..., com o Índio. Covardia... Mas tudo bem: o Serra é valente, foi à luta. Quase sozinho. O Índio foi a "senha" de que ninguém acreditava. Só o Serra. E o Sul. Fez (ou perdeu) bonito...; foi heróico.
3.º Resultado do 2.º Turno: Dilma venceu (em milhões de votos) por 2.8 na Bahia; 2.4 em Pernambuco; 2.3 no Ceará; 1.8 em Minas Gerais; 1.7 no Rio de Janeiro e 1.7 no Maranhão. Diferença total nesses 6 grandes estados: 12.7 milhões de votos. Aí Dilma fez a diferença. A diferença final, pró-Dilma foi de 12 milhões de votos, menor que a diferença nesses 6 estados. Por que? Serra pôs uma frente de 1.8 (milhões de votos) em São Paulo, 0.6 no Paraná e 0.4 em Santa Catarina; foram diferenças relativamente pequenas, dado o tamanho do eleitorado. No DF, PA, GO e RS, ficou quase no empate. Os demais estados são pequenos, ou menores, não significaram muito. Entre os "pequenos" (no eleitorado) , registre-se, os grandes destaques ficaram por conta de Amazonas e Piauí. Ambos os Estados deram vitórias esmagadoras a Dilma: no Amazonas, 860 mil votos de frente, em 1,4 milhão de votos válidos; no Piauí, 630 mil votos de diferença, em 1,6 milhão de votos válidos...
"Resumo da ópera":
1. A diferença no Nordeste foi enorme, foi uma "onda" bem orquestrada pelos políticos locais, servindo aos seus interesses, e "bombada" pelo Presidente popular, nordestino, e com políticas públicas de diminuição das desigualdades sociais. A diferença, só na Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão, chegou a 9.2 milhões de votos. Em todo o Norte-Nordeste, fez-se uma diferença mais do que folgada; quase imbatível. Mas o restante, os demais Estados, têm um peso enorme. Era preciso "administrar bem o resultado"... Note-se que essa "administração", no Sul e Sudeste, também foi muito competente: Dilma ganhou, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por 275.000 votos de diferença, graças às vitórias em Minas, Rio e Brasília, e à pequena diferença da "derrota" em São Paulo; ou seja: na realidade, ganharia a eleição mesmo se fosse desconsiderado o resultado no Norte e Nordeste...
Uma micro reminiscência: Lembram do que o Serra (diz-se) fez com a Roseana, quando ela, então no PeFeLê, ensaiava sair candidata à Presidência, e liderava as pesquisas? Aquelas fotos da apreensão daquele monte de dinheiro, pela Polícia Federal, no escritório do marido da Roseana, saindo na primeira página do Estadão e da Folha de São Paulo? Bom, deu no que deu: 1.7 de diferença no Maranhão...(terra do popularíssimo Guaraná Jesus, fórmula criada em 1920 pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes, que - irônicamente - era ateu, e que por isso foi excomungado; hoje, pertence à "The Coca-Cola Company"... fonte: Wikipédia...)
2. E Minas? Aécio Neves da Cunha e seus conselheiros sabiam que era muito difícil a briga contra Lula, nessas eleições. A economia estava razoavelmente bem. Os pobres foram assistidos como nunca (na história desse país...). Minas faz fronteira com o Nordeste, com o Centro-Oeste, com o Espírito Santo, com o Rio e com o Sul (São Paulo). Como nenhum Estado, sofre influências de todas as regiões do país. É um importante termômetro da alma brasileira, e da temperatura política... Serra ganhou no Sul de Minas; ganhou em São João del Rey (terra de Aécio), empatou em BH (ganhou por pouco; perdeu na Região Metropolitana), mas perdeu em quase todo o resto do estado, principalmente na "zona da SUDENE", disparado... Para Aécio brigar "mesmo" contra Lula, "briga feia", quando havia grande chance de perder essa briga, a recompensa teria que ter sido muito grande... Brigar com o governo federal, não é coisa de mineiro... Vai encarar?... E a eleição local? Até a eleição local poderia ser perdida... Além disso, Minas e Aécio, precisavam "livrar a cara" e "garantir o leite das crianças", antes de colocar "café no bule" do paulista Serra. Serra não aceitou as prévias no PSDB... Teria sido um ótimo marketing, um belo tempo de exposição na mídia. Para ambos: Serra e Aécio. Um tempo até para solidificar uma amizade, ou uma rivalidade respeitosa e, ao fim, uma unidade partidária, em um partido que, tendo vencido a inércia, iniciaria "aquecido" a batalha das urnas... Serra não quis... Paciência... Mais uma "bola fora" dos "tucanos"...
3. Rio de Janeiro? O Rio, antiga capital imperial, capital da República até 1960 (final do governo do mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira), transformou-se no antigo Estado da Guanabara, e costuma votar com a "esquerda". Mesmo Carlos Lacerda, da "direita", quando se elegeu Governador do Estado da Guanabara, em 1960, teve menos de 40 % dos votos (não havia 2.º Turno...). O carioca tem, também, uma outra dificuldade: votar em paulista; a rivalidade é muito grande... Em todos os setores, até no futebol... O Estado do Rio (o povo é outro, são os fluminenses...; hoje, é o interior do Estado...), ao qual foi incorporado o Estado da Guanabara, é um pouco (às vezes bastante) diferente da "Cidade Maravilhosa"; faz fronteira com São Paulo, Minas e Espírito Santo. Serra ganhou no norte e na Serra (!) fluminense; até que fez bonito: fez quase 40 % dos votos no Estado do Rio...
4. E São Paulo? É a "Sede" do PSDB. Mas também é a "Sede" do PT. No Estado (na Capital e ABC é diferente...), o PT sempre perde... Mas por pouco...
5. Paraná? Tem sido a "Quinta Comarca" de São Paulo. Mais "paulista" que os próprios paulistas. Por que? Razões históricas... Já foi - mesmo - a Quinta Comarca de São Paulo; o Norte do Estado ainda torce por Corinthians e Palmeiras... e há fortes ligações econômicas e "culturais", que permanecem...; mais: ao contrário de São Paulo, o PT não tem tanta força...
6. Rio Grande? "Chimangos" x "Maragatos"... Gre-Nal... Como sempre, a "pelea" é dura... quase empatada... Decisão foi nos pênaltis... Diferença mínima...
Bom, agora, é rezar... E nos unirmos, e nos respeitarmos, e, porque não?, nos amarmos, para ajudar o nosso Brasil...
Também é bom parar com essa mania, bem brasileira, de dizer que o jogo foi roubado, tá?... Freud explica...
VOTO ABERTO (em geral, não sou a favor disso...)
A essa altura, podem pensar que votei na Dilma; ou no Serra, não sei... Como meu voto, para mim, foi - desta vez - inusitado (explico...), pois em mais ou menos 20 eleições sempre pensei exercer minha autodeterminação, e o "sagrado direito" do voto (escolhendo, se fosse o caso, "o mal menor"...), sinto-me, dessa vez, na obrigação de declarar meu voto...
Depois da redemocratização, em 1990, votei no Covas (1.º turno) e no Lula (2.º turno); em 1994 - FHC; 1998 - Lula e Lula; 2002 - Lula e Lula; 2006 - Lula.
Agora, em 2010, no primeiro turno, votei na Marina. Foi meu primeiro "voto de protesto", "depois de velho"... Queria ver a Dilma ganhar no segundo turno; no primeiro turno, achei que era "encher demais a bola" da "futura Presidenta"... Mas se a Marina fosse para o segundo turno, votaria na Dilma... São tortuosos, os caminhos do coração...
Já no segundo turno... Bom, cheguei na "cabine indevassável", e foi rápido, muito rápido dessa vez... Como dizem , "sempre tem uma primeira vez"... Quebrei um paradigma... Dessa vez, não precisei nem da "colinha", nem de memorizar números... Foi só apertar BRANCO e... CONFIRMA!... Maravilha! Sou um "NOVO AUTISTA"... (Nem tanto... Já sabia que a Dilma ganharia e, LÁ NO FUNDO DO CORAÇÃO, TORCIA POR ELA...) Foi, talvez, a minha única maneira de não me sentir responsável com o que está por vir, qualquer que fosse o vencedor...
O que não resolve nada (como, aliás, "percebeu" Pôncio Pilatos, 2000 anos atrás)... Mas valeu! De mim, dessa vez, não levaram nada: fui a pé, não gastei gasolina, e não lhes dei o meu voto, pela primeira vez. É um começo?... Quem sabe?
Pois sei bem, até demais, que o futuro não será nada bom, se as atitudes não forem muito diferentes. Será que não podemos ser um pouco mais generosos? Nosso povo merece mais. Nós merecemos mais. E não é dinheiro, não... Só se fala em crescimento da economia... Em produção de automóveis, e outros produtos, que chamam de "bens"... mesmo o marqueteiro do PSDB diz que o Serra é "do bem"....
Precisamos avançar em outro sentido. Buscar outras soluções... Mais do que produzir por produzir, precisamos escolher quais são os bens que devemos produzir. Quais são as profissões e trabalhos que devemos priorizar. Como tornar a Economia mais eficiente. O trabalho nem sempre produz riqueza; ao contrário, pode até produzir destruição (a indústria da guerra é um caso extremo, fácil de entender)... E a riqueza, também, às vezes, produz muito desperdício, muita futilidade, egoísmo e "obesidade". Há muita gente sem trabalhar e - principalmente - gente trabalhando em atividades absolutamente improdutivas. Precisamos PENSAR MELHOR A SOCIEDADE...
E estudar muito bem a História. Para não repeti-la no que teve de ruim; copiando - se possível - o que houve de virtuoso... A alma, que é ligada a Deus, quer dar; o ego, quer tomar... Que tal buscarmos um pouco mais de equilíbrio? Que tal repartir o pão? Encontrar modos e meios de REPARTIR AGORA. Já. Não devemos deixar para depois... Isso é urgente, em especial nesta Nação. Devemos, pois, apoiar - com ênfase - todos os programas de educação, capacitação, emprego de mão-de-obra e distribuição de renda.
Precisamos agir com muito maior seriedade. Há urgência. Os que sabem, e podem, precisam agir AGORA. Pois, a longo prazo, estaremos todos mortos... E oportunidades importantes - se os que sabem, NÃO FIZEREM AGORA - terão sido perdidas... (porque até para transmitir para as novas gerações é preciso o ENSINO PRÁTICO...)
Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração...
PREPARAI, pois, a vinda do Senhor...
Mapa Eleitoral - Presidente - 2.º Turno 2010 |