segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Utopias

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Henri Lefebvre (1901-1991) foi um filósofo e sociólogo francês. Notável, entre muitos outros motivos e razões de toda uma vida, pelos seus estudos sobre o Espaço Urbano, tendo cunhado a expressão "O Direito à Cidade", mesmo título de um de seus (muitos) livros.
Nunca me esqueci, especialmente (embora tenha lido o livro na década de 70), de um raciocínio em que diz que "A utopia da direita é a cidade cibernética; e a utopia da esquerda é o paraíso ecológico."

Imaginemo-nos, no futuro, explorando o espaço sideral, e construindo novas cidades alhures, longínquas, fora de nosso habitat natural...

Poderemos ser felizes (e, tão importante quanto, poderão nossos filhos e netos sobreviver com decência) se, para fazer isso, para produzir todo o avanço tecnológico necessário, um avanço tecnológico que tem sido a marca da nossa moderna civilização, desrespeitarmos e destruirmos o nosso planeta Terra e seus habitantes, e fizermos (como temos feito) sofrer a maior parte da humanidade, inclusive produzindo guerras após guerras e enorme desajustes urbanos e sociais? Mais ainda, desvalorizando o ser humano e criando uma ditadura (de iludidos e ilusórios 'semi-deuses') intermediada por computadores e robôs??

Que loucura é essa??

Há escolhas a fazer... E o caminho certo (o da felicidade) passa também pelo coração...

Entrevista com Henri Lefebvre - 1972 (Com legendas para o Português)


Right to the City: Direito à Cidade: Henri Lefebvre and David Harvey

"Morre-se por direitos. Por privilégios, mata-se."

"É necessário humanizar o Estado, o Socialismo, o Mercado, o Capitalismo e a Democracia. E criar novas estruturas, mais equilibradas."

domingo, 1 de outubro de 2017

Os fins. Os meios. E O FIM.



O Único liberado para "os fins justificam os meios" é, por definição e essência, DEUS.

Nós, humanos, simples mortais, somos apenas meios: assim, em nós, são os meios que justificam os (eventuais) fins.

Post Scriptum:

Aos cultores do "deus mercado" e do totalitarismo do dinheiro: não vos esqueçais que, no Julgamento, os valores colocados na balança serão outros...

Aos cultores do "poder"; e da sua consequência inevitável, o militarismo e a ditadura: não, esse ilusório poder terreno não terá valor, na Eternidade.

Aos cultores da "reencarnação": não, não são favas contadas, pelo menos o "como, onde, quando e se"... Se reencarna ou não, e como, onde, quando e se ocorreria, a decisão final (na totalidade) não será sua. Dentro do aparente caos, é muito provável e lógico que exista uma Ordem. E, portanto, um Julgamento. Mas, a cada um de nós, um papel importante: "assim como julgares, sereis julgados"...; por óbvio, não temos a menor condição de nos julgarmos a nós mesmos (embora, pelos nossos atos, estejamos ajudando a selar o nosso destino)...

Aos que duvidam da Eternidade, cultores do pragmatismo absoluto (personagens que Nelson Rodrigues chamava de "idiotas da objetividade"): dê ao Otimismo e a Deus uma oportunidade (mesmo que vinculada à carência, humildade e amor de um Humilde, Amoroso e Onipresente Deus). Considere que há toda uma sucessão de Universos Finitos e Infinito a atender; e que, portanto, muita coisa não pode ser resolvida aqui e agora...

Da nossa parte, quando nada, leve também em conta que:

1- Somos 99,999999999% ignorantes. Uma infinita dízima periódica... Não sabemos ou podemos criar nem um verme. O que sabemos é muito pouco; com a evolução da tecnologia, em pouco tempo toda a nossa ciência caberá num 'pendrive'. Todo o restante está e estará dentro do campo infinito da nossa ignorância e da nossa Fé, estudo do passado e imaginação.
2 - Se a Eternidade existe, pode existir futuro para todos nós. E a responsabilidade aumenta muito. Pense nisso. Fica para nós, aqui e agora, o equilíbrio da medida correta das coisas.
Felizmente, somos racionais. Infelizmente (ou felizmente também), "nem Deus pode com a estupidez"... Um outro nome de Deus é Pai. Um Pai que, como nós, (enquanto pais e mães) definitivamente não podemos (e não devemos) interferir na maioria das decisões do livre arbítrio de nossos filhos; mas rezamos por eles, os abençoamos e os aconselhamos...

Deus também tem as suas Leis. Portanto, muito raramente interfere. E, às vezes, (como vejo) precisa da Sua Oportunidade; e assim, espera o momento certo, a perseverança e o merecimento ou demérito comprovado, para agir. Dê uma chance a Deus: trabalhe com fé e coragem; cada um dentro dos seus limites e da sua liberdade ou liberalidade. Que vai até onde começa a liberdade e o limite do outro; e o respeito ao outro (ou ao próximo). O que nem sempre é fácil e perceptível, na nossa cegueira.

Mas a liberalidade e Graça maior, é a Graça de Deus, logicamente subordinada à sua Sabedoria. Às vezes, como é lógico, a prova pode ser ainda maior, e o reconhecimento (ou condenação) não será aqui; ficará para o futuro...

E o caos e a maldade no mundão? Bom, antes de mais nada, estamos sendo criados no e do caos; não somos um produto acabado. E o "cão"? Bom, o Todo Poderoso, às vezes, mesmo que penalizado, tem que soltar seus cachorros... É a mente de Deus, difícil de entender, não? Com certeza... Dadas as limitações e maniqueísmos que impomos (e já vêm, em parte, impostas; algumas, em "lavagens cerebrais") à nossa mente, sem dúvida. Absolutamente. Com toda humildade, podemos dizer que Deus, com certeza (e sua Mente também), é - para nós - paradoxal. Ininteligível. Lembremo-nos, um dos diversos nomes Dele é: "Eu Sou". Só Ele tem a prerrogativa de dizer isso: Assim Diz; e É. Na Sua Totalidade. Ou na totalidade da Sua Sabedoria e Entendimento.

Quanto a nós, somos, de certa forma, "condenados à liberdade". Que vai, como se sabe, até onde começa a liberdade do outro. Por isso, é nossa obrigação a humildade de dialogar e negociar, inclusive com Deus.
Mas sem aquela de "professores de Deus"... Isso, sim, não existe; é pretensioso demais. Consideremos, inclusive, que dentro das nossas limitações de mortais, cada religião enxerga (ou nega) Deus de um diferente ponto de vista...

[Ah! Errar (e esquecer) é mesmo humano... E pode também ser diabólico; talvez ainda, em certas circunstâncias, em especial concernentes a determinadas personalidades, algo maravilhosamente divino (o Todo Poderoso costuma ser muito pessoal). No caso Dele, "Errar". E Esquecer...
Estava eu, vejam só, na minha empáfia, esquecendo de duas Magnas Corrupções:
- a Segunda: Usar em vão o nome de Deus (ou usar o seu Santo Nome em proveito próprio). Alguém, há dois mil anos atrás, expulsou os vendilhões do templo, lembram-se?...
- e a Primeira (essa é a mais Geral): Não Amar a Deus sobre todas as coisas...
Vamos, pois, começar e terminar o dia orando, cada um do seu jeito?...]

Que tal estudarmos mais, de diferentes fontes, e refletir, para sermos melhores?