sábado, 23 de abril de 2011

1976 - Raça 2 (continua postagem de 27/03/2011)

Dillard University at New Orleans (toque nas fotos para ampliar)

Tempos depois, fui a New Orleans. Uma das grandes cidades do jazz... e da música negra... Estava também procurando um lugar onde eu pudesse, talvez, estudar. Fui caminhando, a partir do centro da cidade. Não muito longe, vi uma Universidade. Fui entrando... E fui vendo que era um lugar muito lindo... Gramados muito bem cuidados, construções brancas com colunas, no estilo (E o Vento Levou...) do sul dos Estados Unidos... Fui caminhando... Perguntei onde era a secretaria... Pouco a pouco, percebi que todo o povo, ali, era negro. Na realidade, era eu o único branco... Entrei na secretaria, obtive as informações que queria, fui muito bem atendido, levei alguns folhetos da Universidade, dei uma volta pelo campus... E saí, impressionado com a qualidade do que tinha visto, mas também com as diferenças em relação às instituições brasileiras. Hoje, entendo porque, com o fim das leis de segregação, os americanos tiveram que estabelecer cotas... Era o único jeito de fazer a "miscigenação" nas escolas e em outras instituições; não é o nosso caso... Nosso caso também é muito grave, e tem muito a ver com dinheiro... com avareza... com um outro tipo de crueldade... A Dillard University, em New Orleans, foi para mim um exemplo de um povo discriminado e desfavorecido, mas confiante nas próprias forças e, por isso, fazendo o seu destino... A Universidade, soube depois, teve seu nome em homenagem a James Hardy Dillard, um educador caucasiano que dedicou sua vida a servir afro descendentes... Meu sobrenome (Hardy)... Coincidência? Deus está nas coincidências... A Dillard é filiada à Igreja Metodista e à United Church of Christ... Isso lembra alguma coisa? Sim... Lembra de Jesus, o Cristo... Lembra Deus... Lembra que Deus é Amor... Ali, o amor, pude perceber, o amor... o amor estava presente...
Há tempos atrás, citando o sistema de "cotas raciais", perguntei a um amigo por que nós, brasileiros, copiávamos dos americanos as coisas "erradas"? Mentalidade de escravo? Mentalidade de "colonizado"? Muito disso... Muito de falta de confiança em nós mesmos, muito de desconfiança... Mas também porque é mais fácil... e (aparentemente) mais barato... É muito fácil copiar modismos... É rápido... É "fashion"... Mas, em geral, o barato sai caro... É mais fácil copiar "tatoos" e "piercings", encher as ruas de automóveis, comer "fast food", coca-cola e elma chips, copiar a violência dos filmes, a obesidade, a "Terra de Marlboro" (não a terra, que é ótima, o interior dos Estados Unidos é lindo..., mas fumar o cigarro...), o vício em bebidas alcóolicas, drogas, remédios etc. etc..., mais - muitíssimo mais fácil - do que copiar deles a disciplina, a honestidade, a organização, a cidadania, a religiosidade, os princípios, os valores... Isso leva mais tempo... Por que não fazermos aliança com o que é bom, com as grandes e boas instituições americanas, em vez de consumir o "lixo"? Que tal semear um projeto "um pouquinho" mais ambicioso, e de frutos muito mais agradáveis, tais como, para começar, ver nossas crianças, e nossos jovens (e nossos adultos, e nossos "velhos") crescendo sadios, no corpo, no espírito e na alma?

God bless America!
We are all Americans...
We are all Brazilians...

O Brasil é o único país do mundo cujo nome é nome de uma árvore... Sabia? E ainda temos 60% de cobertura vegetal... O país do futuro... E o futuro chegou... O Brasil, e o mundo, não podem mais esperar. É hora de crescer; é hora de casar...

Pode escrever, irmão: Neste século que ainda mal e mal principia, a grande aliança vindoura será a aliança de 300 milhões de americanos com 200 milhões de brasileiros. A estratégia de globalização começa a exigir... E é nossa aliança natural... Vamos trabalhar por isso e para isso? Vamos nos dar as mãos? Junto, virão os outros países americanos... com mais uns 200 milhões de americanos... muita gente! Uma grande aliança; um grande futuro... Vamos facilitar o futuro de nossas crianças? Que tal ensinar aos brasileirinhos (também) a viver a fraternidade universal? Eles serão, por certo, com tão boas intenções, muito abençoados... Que tal facilitar o intercâmbio entre nossas nações? É mais fácil e lógico começar com os nossos vizinhos, que têm uma herança muito parecida... É hora de fazer a globalização deixar de ser só virtual... É hora de começar a fazer a globalização real...
O que estamos esperando? Vamos eleger gente que faça isso... 

E sem quaisquer racismos e discriminações em relação a quaiquer outros povos: demais americanos, inclusive povos originários, até africanos, europeus orientais, russos, turcos, árabes, palestinos e judeus até chineses, indianos, japoneses e toda a Ásia e Oceania. Todos, com direito à defesa de seus interesses, negócios, territórios e povos. SEM GUERRAS, POR FAVOR, E SEGUINDO  UM PRINCÍPIO QUE EMANA DE NOSSA INTELIGÊNCIA NÃO MERAMENTE ANIMAL: "NO PRINCÍPIO, ERA - E É - O VERBO".. Enfim, TODOS. QUEM SABE JUNTOS. 
Nosso futuro é UMA SÓ HUMANIDADE. E HÁ - NISSO - ETAPAS A CUMPRIR.


Dillard University, New Orleans